Ter, 15/04/2008 - 08:25
Em Diário da República, aquando da publicação da lista definitiva dos pontos de urgência a manter, o serviço de urgência básica de Macedo ficou afectado ao hospital distrital de Macedo, do grupo do Centro Hospitalar do Nordeste e não ao Centro de Saúde e à Sub-Região de Saúde. O autarca de Macedo, Beraldino Pinto, considera que não está a ser cumprido o protocolo assinado entre o município e a ARS-Norte e refere que o serviço, nos moldes em que se encontra, está mais limitado. “O funcionamento em si seria razão suficiente para nós reivindicarmos a integração no centro hospitalar do nordeste”, mas há outra razão, salienta o presidente da câmara de Macedo, “no protocolo feito com a ARS Norte e previamente acordado com o senhor ministro da saúde ficou definido que funcionaria no hospital o serviço de urgências básicas integrando a futura rede de urgências, mas depois veio no despacho vinha escrito que o Hospital de Macedo constitui um ponto de referenciação da rede de urgências portanto, o centro hospitalar do nordeste só tem que cumprir aquilo que está definido”.
O autarca de Macedo já alertou, por carta, Ana Jorge, a ministra da Saúde e também pessoalmente na sua visita ao distrito de Bragança. Sampaio da Veiga, director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste, parece não partilhar da mesma opinião, pela discussão do tema, em plena urgência de Macedo com Beraldino Pinto, no momento da visita de Luís Filipe Menezes, líder do PSD, a estas instalações hospitalares. “Esta urgência básica existe no protocolo feito entre autarquia e o senhor ministro da saúde, nós aí não temos qualquer interferência na situação, agora nós disponibilizamos os meios que tínhamos no hospital para que os doentes possam ter o melhor apoio possível”, esclarece Sampaio da Veiga.
Em Diário da República aparece hospital distrital de Macedo de Cavaleiros, do grupo do Centro Hospitalar do Nordeste, mas a verdade é que a SUB de Macedo funciona com gestão do Centro de Saúde e da Sub-Região de Saúde de Bragança.
Contactada a coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança, Berta Nunes refere que o serviço tem vindo a melhorar desde que pertence à responsabilidade Sub-região.
“Nós temos vindo a melhorar o serviço e a reforçar a equipa, nomeadamente temos dois médicos de família da parte da manhã e da parte da tarde enquanto que até antes de tomarmos responsabilidade dos SUB apenas havia um médico”, recorda Berta Nunes.
A coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança acrescenta que o serviço não está limitado e que a sub-região de saúde irá continuar a fazer tudo para que o serviço funcione bem e os utentes sejam bem atendidos sem esperarem muito tempo.
Quanto ao protocolo por cumprir, como refere o autarca de Macedo, Berta Nunes explica que as únicas falhas estão no atraso do helicóptero SIV – Suporte Imediato de Vida e na implementação da triagem de Manchester – um sistema de cores para assinalar o grau de urgência do doente. “No que diz respeito ao protocolo eu penso que o que falta é o helicóptero que foi prometido e que vai vir mas que está de facto atrasado, quanto ao funcionamento dos SUB eu penso que está a funcionar de acordo com o que estava previsto embora ainda vamos ter que implementar a triagem de Manchester”, realça a coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança.
A coordenadora da sub-região de saúde de Bragança a responder ao autarca de Macedo de Cavaleiros que considera que o protocolo assinado entre a autarquia e ARS-Norte não está a ser cumprido.