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Autarca de Torre de Moncorvo acusa ARS Norte

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Qua, 20/02/2008 - 10:00


  O presidente da câmara de Torre de Moncorvo acusa a ARS Norte de negligência na constituição de unidades de saúde familiar. Aires Ferreira considera mesmo que o protocolo assinado em Abril do ano passado está a ser desrespeitado até porque a ambulância de suporte básico de vida, instalada na vila desde sexta-feira, só está a funcionar da meia-noite às oito da manhã.

 

“A ambulância colocada pelo INEM efectivamente que é um suporte básico de vida, com técnicos auxiliares de emergência, mas só está a funcionar neste momento da meia-noite às oito da manhã, no fax enviado no dia 14 diz que funcionará 24 horas do dia, ora isso ainda não está a acontecer”, declara Aires Ferreira.

 

Fonte da ARS Norte disse à Brigantia que esta situação é temporária, tratando-se apenas de um período de adaptação. Segundo a mesma fonte, na próxima semana a ambulância já deverá estar a funcionar 24 horas por dia. Mas Aires Ferreira crítica ainda o que considera ser a negligência da ARS na constituição de uma Unidade de Saúde Familiar no concelho.

 

A autarquia está disponível para avançar com uma unidade do Tipo C mais ainda não estão regulamentadas. “No protocolo está bem explicito que a ARS norte deverá promover a constituição da Unidade de Saúde Familiar no centro de saúde… ora passado quase um ano a ARS Norte não promoveu coisíssima nenhuma”, denuncia o autarca. Aires Ferreira acrescenta ainda que, “a autarquia está interessada em promover uma Unidade de Saúde Familiar, só que está impedida pelo simples facto que ao fim deste tempo todo, as unidades de saúde familiar tipo C ainda não foram regulamentadas, há claramente um desrespeito pelo próprio protocolo… tem havido negligência na constituição das unidades de saúde familiar”.

 

Em breve vão ser regulamentadas as unidades de tipo B e só depois disso, as de tipo C.

Ainda assim, Luís Pisco da Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários tem sérias dúvidas que este tipo de unidade possa ser instalada em Torre de Moncorvo.

“Tem a ver com o número de utentes que estão a descoberto, que não têm médico de família, não pode haver uma unidade de saúde familiar de tipo C que seja concorrencial com o centro de saúde, o Centro de Saúde tem 4 ou 5 médicos pelo menos”, afirma Luís Pisco.

 

Luís Pisco lembra que a constituição de Unidades de Saúde Familiar passa pela iniciativa dos médicos e enfermeiros e por isso há que os incentivar, para que este serviço possa surgir em Torre de Moncorvo.