Qui, 18/09/2008 - 10:16
Moraes Machado diz que está em análise a alteração das características do traçado do IC-5 para que o orçamento fique mais abaixo do que estava inicialmente previsto. Esta medida obrigaria a novos estudos ambientais e também a um atraso significativo na conclusão da empreitada.
Na opinião de Moraes Machado nenhuma das hipóteses é positiva, por isso convocou uma reunião para hoje com os autarcas servidos pela via.
O encontro, que terá lugar na estalagem de Nossa Senhora das Neves, foi convocado pela Câmara Municipal de Mogadouro, mas coincide com uma outra reunião já marcada pelo presidente da câmara de Alfandega da Fé para discutir aspectos relacionados com a Comunidade Urbana. “Trataremos primeiro dos assuntos relativos à Comunidade e depois os presidentes de câmara cujos concelhos estão interessados no IC5 ficarão para dar conhecimento de toda essa situação e tomar uma atitude que nos seja favorável e que não deixe cair a promessa do Governo para que o IC 5 entre em 2011 em funcionamento”, explicou o autarca de Mogadouro.
O IC-5 prevê ligação do Alto do Pópulo a Miranda do Douro, com passagem por Alijó, Murça, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Alfândega da Fé e Mogadouro.
O autarca teme que o prazo prometido pelo Governo, o ano de 2011, não seja cumprido.
“A Estradas de Portugal acha que o orçamento é incomportável e, por isso, tenho de alterar tudo, o que demora tempo”, lamentou Moraes Machado. A questão do tempo significa, no seu entender, que “as adjudicações não se vão fazer nos meses e anos que estava preconizado e causa um atraso muito grande”. O edil entende ainda que mesmo as alterações mais simples correm o rico de transformar o “Itenerário Complementar numa estrada mais secundária”.
Ainda hoje, os autarcas vão reunir em Alfândega da Fé para discutir a situação e tomar posições.
A previsão de investimento do Governo para a construção da extensão total do IC-5 e também do IP-2 é de 520 milhões de euros.