Áreas protegidas do Norte vão ter conselhos consultivos

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Ter, 27/01/2009 - 09:41


A gestão dos parques naturais vai ser feita em articulação com as populações locais. Para isso em cada parque vai ser instalado um conselho consultivo.

Até Março deste ano vai começar a funcionar um conselho consultivo em cada uma das áreas protegidas do Norte de Portugal.

A garantia é do ministro do Ambiente, Nunes Correia, que pretende reunir nestas estruturas as partes interessadas nos parques, de modo a evitar os conflitos verificados até aqui.

 

“Nestes conselhos consultivos vão estar as respectivas direcções destes parques naturais, representantes das populações, pessoas que conhecem as zonas do ponto de vista científico e que discutem os problemas numa sede própria”, explica o membro do governo.

 

O objectivo passa por “evitar um extremar de posições não justificadas e muitas vezes baseadas na desconfiança e no receio”, acrescenta.

 

Declarações feitas à margem da tomada de posse do novo director do Departamento Norte das Áreas Classificadas.

Lagido Guimarães substitui Henrique Pereira que pediu exoneração do cargo para dirigir um laboratório de investigação em biodiversidade no Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências de Lisboa. 

Entretanto, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, anunciou que já foram pagos 700 mil euros de compensações devidas por causa dos prejuízos causados pelos lobos, às populações das áreas classificadas, relativos ao primeiro semestre de 2007 e já tem verba orçamenta para 2008.

“Até ao 1º semestre de 2007 temos as contas em dia e estamos prontos a pagar, a muito breve trecho, o resto desse ano”, adianta o responsável. “Temos a verba de 2009, 700 mil euros, para fazer face a 2008”, acrescenta para, entretanto, admitir que há, de facto um atraso. “Nunca é possível estar tudo pago ao dia, mas temos tido empenho em reduzir alguns meses esse tipo de situação”, reconhece Humberto Rosa. “Algum atraso é incontornável mas o ressarcimento é seguro”, garante o secretário de estado.

   

Um ano, o tempo que o Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade demora a pagar as indemnizações devidas pelos prejuízos causados pelos lobos às populações que vivem nos parques naturais.

Escrito por CIR