Área naturais do Douro Vinhateiro estão por explorar

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Ter, 14/12/2010 - 09:07


O Alto Douro Vinhateiro é património mundial há nove anos. No dia 14 de Dezembro de 2001, a Unesco atribuiu à região um estatuto que abria uma janela de oportunidades para o seu desenvolvimento. E se é verdade que muito se fez, não o é menos que ainda falta muito por fazer.  

Por exemplo, olhar com outros olhos para as áreas naturais, que são tidas pelo chefe da Estrutura de Missão do Douro como um recurso turístico a explorar.

“O Douro é olhado como uma paisagem vinhateira, que é o factor de atractividade, mas há um património natural verdadeiramente espantoso que é sobre-valorizado” refere Ricardo Magalhães, acrescentando que “até ao momento não foi retirado o devido partido desta componente”.

 

Ricardo Magalhães salienta que até agora não se conseguiu a rentabilização das áreas naturais da região, nomeadamente para potenciar a criação de emprego.

“Tem havido incapacidade de interiorizar o princípio de que o património natural e a biodiversidade têm de ser assumidos como recursos económicos da região” afirma. “Andamos a tratar este recursos só do ponto de vista da conservação e do ponto de vista da economia ainda não os agarramos” salienta.

 

E este poderá ser um caminho para o surgimento de novos empreendedores, sendo que o auto-emprego é, cada vez mais, apontado como solução em tempos de crise e de encerramento de empresas.

Por isso, Ricardo Magalhães espera que surjam novos projectos, reconhecendo no entanto que “faltam recursos humanos qualificados, capacidade de empreender, conhecimento, competências distribuídas pela região, capacidade de inovar”.

 

E neste dia em que se comemora o nono aniversário do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial, entidades portuguesas e espanholas vão apresentar, em Vila Nova de Foz Côa, a primeira Rota Turística Ibérica.

Esta Rota vai associar onze sítios classificados do Alto Douro Vinhateiro, dos Centros Históricos do Porto e Guimarães, e do Parque Arqueológico do Vale do Côa, em Portugal, e de Atapuerca, Burgos, Las Médulas, Salamanca, Siega Verde e Segóvia, em Espanha.

O principal objectivo é dar dimensão internacional a estes sítios.

Escrito por CIR