Américo Pereira contra extinção de freguesias rurais

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Sex, 12/08/2011 - 09:18


A extinguir freguesias que sejam as urbanas.A ideia é defendida pelo presidente da câmara de Vinhais que se manifesta “frontalmente contra” o processo de reorganização administrativa.Américo Pereira salienta que as juntas de freguesia são o principal elo de ligação entre da população aos outros poderes. 

“O que será de uma pessoa de uma qualquer aldeia nestas serras de Vinhais num dia de neve?” questiona o autarca. “Um casal de idosos que tenha o telefone avariado e sem automóvel para se deslocar. O que será desta gente se não tiver um homem vestido de funções públicas para o poder ajudar?” exemplifica. “Os vizinhos têm o dever da solidariedade, mas o autarca tem a obrigação. O apoio que dão às populações não tem preço e não pode ser subestimado” realça.O autarca considera que esta reorganização não se pode fazer a régua e esquadro mas sim tendo em conta as necessidades da população.Por isso defende que a extinguir que sejam as freguesias urbanas e de preferência as do litoral.“Se quiserem extinguir s freguesias dos centros urbanos, das vilas e das cidades, acho muito bem porque não se justificam porque não há nada que as juntas não façam que as amaras não possam fazer” considera. “A extinguir que seja também nos concelhos limítrofes de Porto, Gaia e Matosinhos porque aí há uma inutilidade funcional completa em função da proximidade territorial pois nem se sabe onde começa um e acaba outro” refere. “Agora no mundo rural é que não” salienta.  Américo Pereira acrescenta que as freguesias estão a servir de bode expiatório e deixa um apelo às autarquias.

“O poder político em Portugal sempre que tem dificuldades financeiras tem de arranjar um bode expiatório e a extinção das freguesias é um bom argumento e tem o aplauso das pessoas do litoral porque não sabem o que se passa” afirma. “Esta ideia é-lhes vendida de uma forma tão aldrabonada que qualquer um acredita neles”. Por isso, “faço um apelo às câmaras e as freguesias do interior que são a maioria, não se devem deixar iludir com esse tipo de propostas”.

Escrito por Brigantia