Sex, 26/11/2010 - 10:28
O desafio foi lançado durante um colóquio que a Câmara Municipal realizou para debater as perspectivas para a agricultura no concelho de Carrazeda.
É que o presidente do Município, José Luís Correia, pretende que surja uma ou várias estruturas que ajude a construir um futuro melhor para agricultura no concelho:
“Que os una, que os promova e que potencie todos os nossos recursos. Somos um concelho essencialmente agrícola, com 80 por cento da população dedicada à agricultura. Se a agricultura não for rentável, podemos ter as estruturas mas não ter as pessoas. A câmara poderá vir a ser uma parceira ao lado dos agricultores”, diz o autarca.
O vice-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Mário Abreu Lima, vincou que o associativismo deve interessar, sobretudo, aos pequenos agricultores, como forma de poderem aumentar o rendimento:
“Só se faz através do cooperativismo ou através das organizações de produtores. Em qualquer dos casos é urgente que a situação se resolva, tendo em conta os dias difíceis que aí vêm”, sustenta.
O vice-presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Paulo Osório, acredita que se o agricultores se unirem é possível produzir bem e vender melhor:
“Toda a gente sabe que na região há condições óptimas para produzir produtos de grande qualidade. O problema é que as pessoas lá fora saibam isso. Para isso é preciso produzir bem, transformar bem e vender bem. Vender, não escoá-los. Escoar, escoamos a água da banheira.”
Resta saber se os conselhos deixados no colóquio sobre as perspectivas para a agricultura de Carrazeda de Ansiães vão ter algum efeito de mobilização dos agricultores do concelho.
Escrito por CIR