ACISB ajuda comerciantes a recuperar dinheiro de clientes que não pagam

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Sex, 17/04/2009 - 08:20


Acabar com os caloteiros. É isto a que se propõe fazer uma empresa de Vila Real, que ontem à noite esteve numa sessão de esclarecimento dos empresários do Nordeste Transmontano, realizada na Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança. O objectivo foi apresentar um novo Sistema Centralizado de Pagamentos.  

O presidente da Associação, António José Carvalho, acredita que os empresários têm a ganhar com esta parceria porque é a forma de se conseguir que os nossos associados da ACISB, “que vivem dificuldades tremendas por força da conjuntura, consigam, de forma mais facilitada e sem entrar em conflito com os clientes, fazer as suas cobranças”.

Para além disso, “há, também, a possibilidade de o cliente que está em dívida poder ser ajudado nesse pagamento”.

 

A sessão foi concorrida e praticamente encheu a sala, com cerca de 30 empresários presentes.

Numa altura em que os pedidos de crédito aumentam, esta pode ser uma luz ao fundo do túnel.

Cada vez se pede mais crédito”, sublinha Nicole Fontenete, representante de uma empresa de produtos petrolíferos, que tem “cerca de 20 mil euros” por cobrar.

Convencido está também o dono de duas livrarias de Bragança. Luís Morais diz que tem tido “muitas dificuldades com as cobranças”, nomeadamente “câmaras, o Estado, particulares”. O empresário, a quem devem “vinte e tal mil euros”, confessa que tem “casos muito graves” e, por isso, não se importava de “abdicar de uma boa fatia em favor de receber uma parte”. José Silva, dono de um minimercado e um restaurante, também se mostra convencido: “é uma boa ajuda porque por vezes temos dificuldades em contratar um advogado”. Até porque já tem “contactado os devedores e eles não dizem que não pagam mas, até agora, ainda não cumpriram”.

 

O objectivo deste sistema de pagamentos é aumentar a liquidez das empresas e reduzir custos na gestão de pagamentos. Constituído por três etapas, permite aos empresários seguirem o trajecto da cobrança pela internet.

 

Carlos Coelho, representante da empresa que lidera este projecto, explica que o processo se divide “em três fases”, nomeadamente “pagamentos, cobrança e contencioso”. Passada a primeira fase, entra-se na “gestão de cobrança”, seguindo-se o processo “de contencioso”, e tudo por preços que rondam “os 25, 50 euros por factura”.

 

O serviço de cobrança de dívidas quer ajudar os empresários a sobreviver à crise.

Escrito por Brigantia