180 municípios portugueses e espanhóis unidos em prol do desenvolvimento

PUB.

Seg, 09/03/2009 - 09:09


Um modelo a seguir por toda a Europa. Foi desta forma que foi apresentado o Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial do Douro, oficializado este fim-de-semana em Miranda do Douro.  

Segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional o futuro das regiões de baixa densidade passa por estes modelos de cooperação, que vão permitir desenvolver projectos no âmbito cultural, social e ambiental e ainda reforçar a coesão económica dos cerca de 180 municípios que fazem parte deste AECT.

 

“Têm de coordenar esforços porque isto não é um projecto de um município português ou de um ayuntamento espanhol, mas sim de 180 entidades que de forma integrada pretende concretizar um programa de valorização económica” refere Rui Nuno Baleiras realçando que “é disto que precisamos para o desenvolvimento, uma cooperação mais estratégica virada para a valorização dos recursos territoriais”.

 

Recorde-se que do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Douro fazem parte municípios das regiões de Trás-os-Montes, Douro e Beira Interior, em conjunto com os ayuntamentos espanhóis das províncias de Salamanca e Zamora.

Estes agrupamentos são um novo instrumento criado pela União Europeia para organizar países e dar personalidade jurídica própria às entidades públicas.

 

Estes organismos internacionais vão ter acesso directo a fundos de Bruxelas de modo a conseguir financiamento para os projectos a executar de forma conjunta.

“Os projectos têm de ser abrangentes e sustentáveis” refere o presidente da câmara de Mogadouro acrescentando que agora “temos de ver quais são os mais importantes para o desenvolvimento da região”.

 

A criação de postos de trabalho é uma das metas deste agrupamento. “É o emprego que nós temos em vista” afirma Morais Machado. “Temos de ver quais são os melhores programas que criam emprego através da agricultura e do turismo” explica.

  

Um dos objectivos é criar emprego nas regiões que fazem parte deste agrupamento, uma das mais desfavorecidas da União Europeia.

Neste AECT estão representados mais de cem mil portugueses e espanhóis e, para já, estão assegurados 48 milhões de euros de Bruxelas para a execução de projectos.

Projectos esses que vão começar a ser estudados depois de eleitos os órgãos de gestão do agrupamento, o que deve acontecer amanhã.

Escrito por CIR