Ano lectivo arranca no distrito marcado pelas baixas médicas dos professores

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Ter, 17/09/2024 - 08:21


O início do ano lectivo, na região, ficou marcado pelas baixas médicas dos professores. Os agrupamentos de Escolas de Mirandela e Emídio Garcia, em Bragança, têm de proceder à substituição de um número considerável de professores

Ao quarto dia de aulas, a falta de professores continua a ser um problema, especialmente nos agrupamentos de escolas Emídio Garcia, em Bragança, e no de Mirandela. Estes dois agrupamentos, são os maiores do distrito e enfrentam um número considerável de baixas médicas, o que tem gerado constrangimentos.

No Agrupamento de Escolas de Mirandela, estão de baixa médica 20 professores, que lecionam nas áreas de educação moral e tecnológica. Esta situação já levou à abertura de concursos para substituições.

O director, Carlos Lopes, diz que a ausência dos professores tem causado dificuldades na reorganização dos horários. “O que pode e está a acontecer são as fases subsequentes, que é o problema das baixas médicas, que é isso que desorganiza os agrupamentos. Via ter de ser fazer uma reconsideração dos horários até porque quando há uma substituição, os componentes não são iguais”.

No Agrupamento de Escolas Emídio Garcia, em Bragança, o cenário é semelhante. No total são 5 professores em falta neste agrupamento. Casos que também estão a ser colmatados por meio de concursos de substituição, mas o processo ainda não está finalizado.

O director do agrupamento, Carlos Fernandes, explica que estas baixas no primeiro ciclo, apesar de não serem “assim mais problemáticas” são situações que os “afligem”, pois inicialmente “estava todos os professores colocados”. “Neste momento estamos a proceder algumas substituições porque aqueles que se apresentaram acabaram por apresentar também baixa médica. De resto, está tudo dentro daquilo que é o normal para o arranque do ano lectivo, mesmo não sendo assim mais problemático, acaba por ser mesmo o primeiro ciclo porque alguns professores que apresentaram baixa médica e são estas situações afligem-nos”.

Embora as ausências continuem a afectar o normal funcionamento das aulas​, a direção do agrupamento prevê que os lugares sejam preenchidos ainda esta semana.

E enquanto alguns agrupamentos conheceram alguns entraves outros, em contrapartida, apresentaram uma preparação mais sólida. Foi o caso do Agrupamento de Escolas de Vimioso, onde todos os professores estavam colocados no primeiro dia de aulas. Licínio Ramos, subdirector do agrupamento, diz ser algo inédito e destaca o esforço do Ministério da Educação​. “Eu acho que é inédito, é o primeiro ano que eu tenho memória que arrancamos, no primeiro dia, com todos os professores colocados, todos. Não temos, neste momento, nenhum horário por preencher. Tivemos baixas, que entretanto conseguimos as colocações, para no primeiro dia arrancar com o pleno. Neste momento, o Ministério da Educação agilizou um bocadinho o processo de substituição dos concursos”.

Ainda que não haja falta de professores, a antiga directora, Ana Paula, pediu exoneração do cargo para assumir funções na CPCJ, deixando o subdirector a liderar temporariamente o agrupamento nos próximos 90 dias.

Apesar dos desafios enfrentados em algumas escolas do distrito, Fernando de Almeida, director do agrupamento de escolas de Vila flor garante, que comparando com o cenário nacional, a região transmontana conseguiu garantir o início do ano lectivo com o corpo docente quase completo. “Falando eu apenas por Vila Flor, se compararmos com algumas notícias, relativamente a certas regiões do país, claro que os problemas que se sentem nessas regiões não são naturalmente os que se sentem em Vila Flor”.

A situação actual dos agrupamentos de escolas no distrito de Bragança evidencia a complexidade da gestão de baixas de docentes no início do ano lectivo. Embora alguns agrupamentos tenham iniciado com uma taxa de sucesso positiva, outros ainda enfrentam desafios.

Apesar das dificuldades, o cenário em Bragança apresenta-se relativamente melhor em comparação com o panorama nacional.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Cindy Tomé