Produtores da região preocupados com aumento de bovinos infectados com Doença Hemorrágica Epizoótica

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Sex, 13/09/2024 - 08:53


A Doença Hemorrágica Epizoótica regressou ao Nordeste Transmontano e está, de novo, a deixar os criadores da região alarmados

A doença, que afecta os ruminantes, em especial os bovinos, tem como principais sintomas a febre e falta de apetite, as lesões na mucosa da boca, dificuldade em engolir e coxeira, podendo provocar a morte do animal. Caso não a provoque, a recuperação dos ruminantes acontece em cerca de duas semanas.

António Granjo, criador de Miranda do Douro, viu morrer 17 animais no ano passado e, este ano, já com algumas vacas infectadas, reclama que nem sequer foi ressarcido pelos prejuízos de 2023. “Os nossos colegas espanhóis foram compensados por esses prejuízos e na parte portuguesa não tivemos nenhuma compensação. O ano que passou foi muito difícil, porque houve pouca colheita, foi tudo muito caro e tivemos mais esse prejuízo”, criticou.

Além dos animais que morreram, o criador disse que as várias vacas que recuperaram nunca chegaram a ficar como antes. Algumas abortaram e outras têm, agora, dificuldade em se reproduzir. Quanto aos animais que morreram, o prejuízo é bastante avultado. “Se avaliarmos que cada animal adulto anda por volta dos mil euros, estamos a falar de 17 mil euros”, apontou.

No ano passado, 70 explorações foram infectadas em Miranda do Douro e em Mogadouro. Este ano o criador tem menos animais infectados porque diz que os que apanharam a doença no ano passado estão agora imunes e, por isso, há menos casos.

Os primeiros casos do retorno da doença foram detectados em Julho. Dada a situação epidemiológica em Portugal, a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária anunciou, em Agosto, que estava autorizada, provisoriamente, a utilização da vacina HEPIZOVAC.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves