Sex, 17/05/2024 - 10:30
Começa amanhã a II edição da “Linha de Água” – Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes. Desta vez, além de Macedo de Cavaleiros, a bienal chega ainda a Vinhais, Alfândega da Fé e Freixo de Espada à Cinta. Combinando exposições com residências artísticas e performances, a bienal vai envolver ainda mais a comunidade da região, artistas e público em geral.
Inês Falcão, uma das curadoras e das directoras artísticas da bienal, explica que o crescimento impunha-se. Além de se estender a outros concelhos há mais artistas a participar. São 150. “Se é uma segunda bienal tínhamos que crescer e esse crescimento tinha que ser significativo, em termos de quantidade, mas acima de tudo de qualidade. A bienal vai contar com de tudo um pouco, vídeo, escultura, cerâmica, pintura e instalações fora da caixa, que vão provocar os macedenses e quem nos visite”.
Inês Falcão diz que a arte tem que ser tão valorizada nestes territórios do Interior como é no Litoral. “Fico muito triste quando as pessoas pensam que em Macedo não se podem ver obras nacionais e internacionais e sobretudo de artistas que são grandes nomes da arte contemporânea”.
A bienal conta com cerca de 10 artistas internacionais e vários locais. “Na primeira bienal isso não aconteceu e foi uma mágoa que senti, não haver artistas locais na primeira bienal porque ela não é só para aqueles artistas que já são muito conhecidos. Os locais também têm que ter a oportunidade de entrar. Foi um pressuposto que defini com os outros nove curadores: trazer estes artistas que não conseguem expor numa galeria ou grande centro urbano”.
A arte chegará a várias aldeias, onde serão construídas algumas intervenções artísticas, em conjunto com a comunidade local, nomeadamente Podence, Santa Combinha, Vale de Prados, Salselas e Vale da Porca.
A bienal começa amanhã, 18 de Maio, e termina dia 30 de Novembro. Conta com quatro parceiros, a Bienal de Vila Nova de Cerveira, o Museu do Douro, A Sociedade Nacional de Belas Artes e o Laboratório de Artes na Montanha – Graça Morais.
Escrito por Brigantia