Qui, 18/04/2024 - 10:27
Cada empresa foi contemplada com 30 mil euros para agora desenvolver os seus projectos candidatados.
A BBotix, dedicada ao desenvolvimento de ferramentas para o ensino de robótica a crianças, foi uma das empresas que viu a candidatura aprovada. Alexandre Costa está à frente da empresa e diz que este financiamento é muito importante. “Como utilizamos muito filamentos para prototipação dos modelos que fazemos, estamos a montar uma extrusora, de baixo custo, que tem o potencial, não só de utilização dentro do nosso projecto, mas que também possa ser desenvolvida dentro das escolas. Fomos contemplados com 30 mil euros. Cobrem basicamente o desenvolvimento do equipamento, a compra de material para o construir e o pagamento do pessoal que esta a trabalhar no desenvolvimento. Nós começamos o desenvolvimento do projecto antes de receber o valor. Já acreditávamos no projecto antes de ver a candidatura aprovada. Mas é dinheiro importante”.
A Kabana Trivial foi outra das empresas contempladas. Sara Guimarães é a representante comercial da startup, vocacionada na promoção imobiliária, focada na inovação, automatização de processos e sustentabilidade de habitações. O dinheiro servirá para desenvolver um projecto no qual já andam a trabalhar. “Quanto ao desenvolvimento deste projecto, o Trivial Simulatior, que se encontra na sua fase inicial, já temos trabalhado com empresas do sector da inteligência artificial e tecnologia, para desenvolver a ferramenta. Este financiamento é bastante importante e ajuda a impulsionar muito estas ideias porque muitas das vezes estas ideias existem mas há receio de avançar, tendo em conta o risco e investimento necessário. Agora, temos aqui um financiamento que podemos utilizar para desenvolver a ideia e que, de outra forma, não conseguriamos”.
Fernando Fraga, da Startup Portugal, uma associação sem fins lucrativos que ajuda a pensar, desenvolver e implementar estratégias para o empreendedorismo, diz que este financiamento é vital para várias empresas. “Estes vouchers não têm que ser para empresas novas. É para novos produtos verdes e digitais. Não tem que ser para empresas que sem isto não conseguiriam desenvolver o projecto. Mas é evidente que, muitas das vezes, o que altera, um financiamento destes, é uma empresa conseguir desenvolver um produto agora ou só daqui a uns anos”.
Sete das onze empresas apoiadas no distrito são da cidade de Bragança. Os resultados da primeira fase do projecto foram apresentados ontem, no Brigantia Ecopark. A segunda fase tem agora as candidaturas e análise.
A nível nacional foram apresentadas 1500 candidaturas. Metade dessas foram aprovadas e recebem financiamento.
Esta é uma medida cofinanciada pelo Plano de Recuperação e Resiliência.
Escrito por Brigantia