Qui, 14/03/2024 - 09:53
Maria da Conceição Afonso foi uma das participantes. Esteve atenta aos conselhos e ensinamentos dos bombeiros, que se juntaram à sessão de esclarecimentos. A idosa assegura que numa situação de aflição sabe para onde telefonar mas nunca é demais aprender. “Sabia, mais ou menos, algumas das coisas que se disseram aqui mas sempre aprendi alguma coisa. Já tinha ideia que era muito importante dizer logo a cidade mas às vezes estamos nervosos e não dizemos o que se está a passar”.
Carminda Machado foi outra das participantes. Já sabia o que devia fazer neste tipo de situações mas é sempre bom recordar. “Achei muito importante para esclarecer, para relembrar e para conviver. A maior parte das pessoas que estão na terceira ou quarta idade sofrem de solidão”.
A iniciativa, “Mais próximos, Mais Seguros”, é de Andreia Carvalho, aluna do Instituto Politécnico de Bragança, da licenciatura de Educação Social, que está a fazer um estágio curricular na PSP, participando no programa de acompanhamento de idosos que vivem sozinhos. Percebeu que era importante prestar-lhes alguns esclarecimentos importantes. “Em situações de perigo, no momento, as pessoas esquecem-se de coisas simples que têm que fazer e que têm que dizer, que até poderiam ser importantes. O relembrar, num ambiente calmo, pode, mais tarde ajudar, ser uma mais valia para que as pessoas se sintam à vontade e mais disponíveis para ajudar as pessoas a dar as informações correctas”.
O Comissário Eusébio Gonçalves, chefe do Núcleo de Investigação Criminal da PSP de Bragança, assume que nunca é demais a polícia estar perto dos idosos. “Creio que é vital continuarmos a fazer estas acções de esclarecimentos para tornar as pessoas mais tranquilas. O desconhecimento é grande, principalmente na população mais idosa, e acho que isto contribui de suma importância para aumentar a segurança delas”.
Paulo Ferro, segundo comandante dos bombeiros de Bragança, assegura que é fundamental esclarecer aos idosos que é preciso dar todos os detalhes possíveis quando se telefona a pedir socorro. Muitas vezes a informação não é dada porque quem pede ajuda acredita que está a atrasar o socorro. “O atendimento à emergência está montado e permite que quando estamos ao telefone, muitas vezes, os meios de socorro já estejam a caminho. As pessoas, desconhecendo isso, pensam que quanto mais tempo estiverem ao telefone mais tempo demoram a ser despachados os meios para o socorro”.
Esta foi a primeira sessão de esclarecimentos do projecto “Mais Próximos, Mais Seguros”. Ainda há mais duas, uma delas sobre incêndios e outra sobre burlas.
Desta vez, a PSP acolheu idosos da Cáritas Diocesana e da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança e ainda idosos que vivem sozinhos e são acompanhados pela polícia.
Escrito por Brigantia