Seg, 22/05/2023 - 09:01
Apesar da crise financeira, que também atinge os agricultores, a aquisição de alfaias para a substituição do trabalho humano tem sido praticamente uma obrigação.
Na Feira da Agricultura, que decorreu em Macedo de Cavaleiros no fim-de-semana, o vendedor de tractores e máquinas agrícolas, Rui Pousa, destacou a predominância de uma agricultura familiar, em que cada indivíduo trabalha por conta própria, sem recorrer a ajuda externa.
“Aqui a agricultura é ainda muito familiar, ou seja, cada um faz para si, não é uma agricultura intensiva e isto leva as pessoas a comprar alfaias, justamente por causa da mão-de-obra. Compram mais, devido às secas, cisternas, reboques, capinadeiras”, referiu.
Apesar da quebra na produção agrícola do ano passado, que resultou em vendas mais baixas de máquinas, Rui Pousa tem esperança que este ano o panorama vá melhorar.
“O ano passado houve uma quebra muito grande ao nível da azeitona e da castanha. E isto é tudo um ciclo, se o agricultor não colhe, não pode comprar. Os subsídios são muito pequenos, o Ministério da Agricultura não apoia muito a nossa zona, não entendo”, afirmou.
O vendedor de máquinas agrícolas Fernando Granja também reconhece a crise financeira que afecta o país e acredita que irá persistir por um tempo, já que os agricultores continuam a procurar os seus serviços, não pela venda de máquinas, mas sim pela reparação das antigas.
“Sentimos que há uma diminuição da procura das alfaias e há um aumento muito grande na reparação das alfaias, mas vamos ver o que o futuro nos vai dizer”, disse.
O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, destaca a importância do evento para os agricultores locais, permitindo-lhes mostrar o trabalho realizado ao longo do ano.
“Há que dar dignidade, há que reconhecer o trabalho dos agricultores e para isso temos esta feira, que como o nome diz deveria ser mais abrangente ainda”, sublinhou.
A V Feira da Agricultura decorreu em Macedo de Cavaleiros durante o último fim-de-semana, onde muitos expositores tiveram a oportunidade de vender tractores e alfaias agrícolas.
Escrito por Brigantia