Danças Medievais poderão ajudar economia de Bragança

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Seg, 31/05/2010 - 10:27


Fazer das danças medievais uma indústria em Bragança. Esse é o objectivo da junta de Freguesia de Santa Maria, que no sábado apresentou o primeiro grupo de danças medievais da cidade.

Um projecto que nasceu há dois anos e que agora começa a ganhar destaque e, de acordo com Jorge Novo, o presidente da junta, pode ajudar a divulgar a cidade.

 

“Este é um grupo que pode levar a cidade de Bragança para as festas medievais através da música e dança. E é uma forma de as pessoas ocuparem o tempo de forma saudável”, começou por dizer, adiantando que já há convites “de Nevogilde, no Porto, para uma festa na praia, e da vizinha Espanha”.

 Para já, foi preciso investir cerca de três mil euros nos 25 trajes de época.

Jorge Novo considera que se trata de um investimento para atrair mais turistas à região.

 

“Esta é uma aposta ganha, porque através da festa da história conseguimos mais actividade económica, mais pessoas a virem cá, a consumir nos nossos restaurantes, a ficar nos nossos hotéis e a visitarem os nossos artesãos e comércio tradicional.” Por isso, está pensado o aproveitamento do posto de turismo do castelo da cidade “num posto de divulgação e venda de produtos relacionados com a Festa da História, como os fatos, para crianças, adultos, cavaleiros, que tenham vontade de participar a rigor”, adiantou.

 Os preços rondarão os cem euros.

Este será um primeiro passo no sentido de criar um mercado de fatos e adereços medievais, já a pensar na festa da História, que se realiza em Bragança no mês de Agosto.

 O objectivo é possibilitar o aparecimento de mais artesãos em Bragança.

“Num primeiro momento, indo comprar a Espanha a um preço vantajosos, para vender ao cidadão comum a um preço ainda mais barato. Num segundo momento, queremos que os nossos artesãos se sintam incentivados e façam eles a sua produção. E quem diz os fatos diz os escudos, as couraças, os pendões, as bandeirolas. Inclusivamente, queremos chegar às tendas.”

 

Joana Alves é a responsável pelo grupo e sublinha os benefícios deste tipo de danças, tal como Carlos Rocha, um dos três homens a participar.

 

“É uma dança que não queria fadiga, que traz muita socialização, actividade física, diversão. Através da amizade conseguimos formar este grupo e fomos convidados por diversas entidades, como centros de dia e câmaras municipais”, explicou a responsável. Já Carlos Rocha diz que escolheu esta dança “porque faz lembrar os antepassados e ao que era o antigamente, com mais história, mais sentimento”. E explica que a grande dificuldade “é a vestimenta, quando temos de dançar com ela”.

 

Ao todo são 14 elementos, que ensaiam todas as quartas-feiras.

Escrito por Brigantia