Sex, 03/04/2009 - 15:41
A divisão da carreira em duas categorias, enfermeiro e enfermeiro principal, é a situação mais contestada por entender que cria divisões entre colegas.
“Deve haver uma carreira única para que todos os enfermeiros tenham a possibilidade de chegar ao topo da carreira” refere Lídia Valinho, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acrescentando que a proposta do ministério “vai criar diferenciação entre profissionais”. Além disso, outra das reivindicações prende-se com o facto de “sermos dos únicos profissionais que ainda não são somos considerados técnicos superiores apesar de a maior parte dos enfermeiros já terem uma licenciatura há muito tempo e não somos reconhecidos como tal” salienta Lídia Valinho.
Norberto Silva não concorda com a forma como o ministério da saúde tem orientado a negociação da carreira de enfermagem dizendo que estes profissionais estão a ser discriminados “relativamente a outros profissionais do sector da saúde”. “A carreira de enfermagem é especial mas quando chega a hora de discutir os pressupostos remuneratórios ficamos a perder comparativamente com outros técnicos da área”.
Liliana Gomes dá um exemplo do descontentamento dos enfermeiros. “Temos colegas a quem as horas extraordinárias não são pagas como a outros”. Para esta enfermeira “isso gera desmotivação” até porque “somos todos colegas até fomos da mesma turma no curso e eles trabalham 35 horas por semana e eu trabalho 40”.
Esta manifestação foi convocada para um dia em que os enfermeiros também estiveram de greve.
Segundo o sindicato, só no turno da noite houve 95% de adesão.
Escrito por Brigantia