Qui, 26/03/2009 - 09:05
Em comunicado, a empresa proprietária da linha refere que a circulação entre o Cachão e o Tua "será condicionada à decisão que vier a ser tomada relativamente à construção da Barragem de Foz do Tua".
A empresa anuncia ainda que a circulação vai continuar suspensa até haver uma decisão relativa à construção do empreendimento hidroeléctrico.
Até agora, a REFER nunca se tinha pronunciado sobre as implicações da barragem, apesar de todos os estudos apontarem para a submersão de parte da linha, independentemente da cota da albufeira.
O presidente da Câmara e do Metro de Mirandela, José Silvano não quer para já comentar esta posição da REFER aguardando a decisão oficial do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
O início da construção da barragem de Foz Tua aguarda pela Declaração de Impacte Ambiental que, caso seja favorável, vai implicar a desactivação imediata dos últimos quatro quilómetros da linha.
A EDP necessita deste troço para os trabalhos de prospecção da barragem que depois deverá inundar mais alguns quilómetros da ferrovia com o enchimento da albufeira, cortando a ligação à linha do Douro e ao Litoral.
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, já disse que teria de ser apresentada uma alternativa ferroviária para o troço que ficará submerso com a barragem.
No entanto, o presidente da EDP, António Mexia, questionou recentemente o interesse de uma alternativa ferroviária à linha do Tua por entender que, com a construção da barragem, a ferrovia perde o seu principal atractivo que é a paisagem.
Escrito por Brigantia