Alunos protestam contra instalações da Escola do IPB em Mirandela

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Qua, 25/03/2009 - 10:02


Uma aula de protesto contra a falta de instalações definitivas da Escola de Administração, Comunicação e Turismo de Mirandela, juntou centenas de alunos daquela escola desconcentrada do IPB.  

O protesto simbólico aconteceu, ontem à tarde, precisamente no terreno que a autarquia local já disponibilizou para a construção do campus, só que a verba sucessivamente prometida ainda não chegou.

A antiga Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela, agora denominada Escola de Administração, Comunicação e Turismo, existe há 14 anos e desde 1999 que passou a escola autónoma.

 

Desde o seu nascimento que a escola funciona em instalações provisórias.

No centro cultural são cedidas pela autarquia, enquanto o edifício da Portugal Telecom foi alugado pela instituição.

Ao longo dos anos têm sido prometidas verbas pelos sucessivos governos para a construção de instalações definitivas, mas nunca concretizadas, apesar da câmara já ter disponibilizado terreno junto à cantina da escola.

Actualmente já conta com cerca de 1200 alunos e é notória a dificuldade em ter salas de aula para todos.

 

A associação académica do IPB promoveu um protesto simbólico, precisamente no terreno onde está prevista a construção do edifício definitivo, para demonstrar a indignação dos alunos face a esta situação

“Nós temos uma escola dividida em dois blocos distanciados e os alunos têm de andar de um lado para o outro” refere Fernando Cordeiro, membro da Associação “e os edifícios nem sequer são da escola”. “Há vontade da câmara e da escola só falta o Governo ir para a frente e como este ano é de eleições achamos seria uma boa altura para fazer este protesto” acrescenta.

 

O presidente da associação de estudantes da Escola de Administração, Comunicação e Turismo de Mirandela não esconde que a situação começa a ser desesperante. “Já merecíamos melhores condições e termos mais de 1200 alunos já é significativo” afirma Tiago Pinheiro.

 

Os próprios alunos confessam que as instalações provisórias provocam alguma desmotivação. “Em todos os pavilhões não temos cadeiras para nos sentarmos, temos de as ir buscar a outras salas e a cantina fica muito distanciada, preferimos ir a casa” afirma uma aluna.

 

Sobre este assunto, o presidente do IPB está confiante que as verbas vão ser candidatadas ao QREN, no Verão deste ano. “Vai haver uma candidatura entre Julho e Agosto e espero que seja nessa ocasião” refere Sobrinho Teixeira acrescentando que “na conversa que tive com o ministro aquando da atribuição dos dois milhões de euros para a requalificação do património edificado do IPB eu disse-lhe que a principal prioridade era a escola de Mirandela”. Segundo o presidente do IPB o ministro terá dito que “queria esperar mais um ano para ver o número de entradas para saber se tinha consistência”. Sobrinho Teixeira lembre que o Estado não gastará um tostão com as obras porque “70% dos fundos chegam da União Europeia, se a candidatura for aprovada, e os outros 30% será a câmara de Mirandela a assegurar”.

Escrito por CIR