Concurso de professores elimina 500 vagas em Bragança

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Sex, 13/03/2009 - 08:45


O distrito de Bragança vai perder cerca de 500 professores no concurso nacional que começa hoje e se prolonga até 9 de Abril. De acordo com o Sindicato dos Professores do Norte, dos cerca de 2300 professores do distrito, só continuam pouco mais de 1800.    

“Com este número reduzidíssimo de vagas muitos dos professores, alguns até já estão veiculados aos Ministério da Educação, terão de sair de Bragança a partir de Setembro para conseguir trabalhar” refere José Domingues, do SPN.

O dirigente sindical dá o exemplo do primeiro ciclo em que antes “havia 492 professores em Quadro de Zona Pedagógica e este ano abriram 88 vagas”.

O Sindicato dos Professores do Norte, fala numa “situação dramática para professores, famílias e para a economia do distrito”.

 

De acordo com o anúncio de abertura de concurso publicado ontem pelo Governo, em Diário da República, só na escola secundária Miguel Torga, em Bragança, haverá 17 professores excedentários, 16 em Vinhais e 13 em Mirandela.

Também no pré-escolar “surgem 20 vagas negativas” e embora os professores que estão no Quadro de Zona Pedagógica não irão para o desemprego mas sim trabalhar para outra zona, o sindicato diz que o interior do país vai sofrer com isso.

 José Domingues acusa o Governo de criar um cenário longe da realidade e de ter falhado no apuramento das vagas necessárias no distrito. “O Governo diz que temos 500 professores a mais e nós achamos que o levantamento está mal feito”.

O Sindicato de Professores do Norte propõe algumas medidas para amenizar os efeitos da perda de alunos e apela às instituições locais para tomarem medidas.

 

“Deviam ser criadas equipas educativas para trabalhar com os alunos” refere José Domingues. Além disso, defende que as actividades extra-curriculares “em vez de serem entregues a empresas privadas podiam ser ministradas directamente por professores dos agrupamentos e coordenadas por eles”.

 

A Brigantia tentou um contacto com o Governador Civil que não quis pronunciar-se sobre o assunto.

Até ao momento também ainda não possível obter uma reacção por parte Direcção dos Recursos Humanos do Ministério da Educação.

Escrito por Brigantia