Professores assistentes contestam exclusão do conselho geral

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Sex, 06/03/2009 - 08:22


As eleições para o Conselho Geral do IPB ficaram marcadas pelo protesto dos professores assistentes.  

Em causa está uma directiva do Ministério do Ensino Superior que afasta do acto eleitoral os docentes com a categoria de assistentes, que assim não podem eleger nenhum representante nem sequer votar.

Manuel Feliciano, professor de Ciências e Engenharia do Ambiente há vários anos no IPB, dá voz ao descontentamento e acusa mesmo de “má vontade” os responsáveis pelo acto eleitoral.

 

“A presidência do IPB imputou a responsabilidade à secretaria-geral doe ensino superior e penso que há aqui alguma má vontade dos nossos órgãos de soberania” afirma o docente. “No órgão que antes existia e que agora foi substituído por este conselho geral os professores assistentes estavam representados mas agora não houve essa possibilidade porque houve orientações para serem excluídos do processo eleitoral” acrescenta Manuel Feliciano.

 

O problema está no entendimento que é feito das diferentes categorias da carreira docente no ensino superior, não estando em causa o tipo de vínculo com o IPB. “Há muitos anos que há esta confusão entre ser professor na categoria de professor e ser professor na categoria de assistente e neste caso a ambiguidade teria sido eliminada se o regulamento tivesse feito essa distinção”.

 

O presidente da comissão eleitoral, compreende e partilha do descontentamento dos seus colegas, mas diz-se de mãos atadas face às ordens dos Ministério do Ensino Superior. “O IPB não concordou com essa decisão mas depois o ministério respondeu que ou era assim ou não haveria homologação dos estatutos” explica José Luís Baltazar.

 

O presidente da comissão eleitoral garante, ainda assim, que este tipo de impedimento não se fará sentir noutro tipo de eleições no Instituto Politécnico de Bragança.

Escrito por Brigantia