Sex, 27/02/2009 - 08:50
O STAL justifica esta acção com a necessidade de dar a conhecer à população a arrogância, desprezo e falta de diálogo que a direcção dos bombeiros de Mirandela tem para com alguns soldados da paz. “Os trabalhadores são obrigados a fazer um excesso de horas e nós temos tentado reunir com a direcção que não nos tem recebido” afirma Francisco Marcos, dirigente do STAL. Por outro lado, refere que “pedimos um plenário com os trabalhadores e não nos foi concedido o espaço, tivemos de o fazer à porta do quartel”.Francisco Marcos fala em “desprezo e arrogância por parte da associação humanitária”. O dirigente sindical diz mesmo que a população de Mirandela tem de saber que está em causa a sua segurança, alegando que a direcção dos bombeiros obriga muitas vezes os motoristas de ambulâncias a trabalharem entre 12 e 20 horas seguidas “pondo em risco o transporte de doentes que fazem pois uma associação humanitária que age desta forma não pensa na salvaguarda da população” acusa o Francisco Marcos. O STAL exige o fim da continuada repressão aos bombeiros, em particular aos delegados sindicais. “É feita uma perseguição aos trabalhadores que estão ligados ao sindicato e isto é uma situação de ditadura e não podemos tolerar isto” refere. Neste comunicado, distribuído em Mirandela, o STAL reafirma a necessidade urgente de publicação de um regulamento de condições mínimas que regule as relações laborais nestas associações, tal como já reivindicou junto do Governo, mas sem qualquer resposta. Recorde-se que quatro bombeiros contratados da Associação Humanitária de Mirandela apresentaram queixa no Tribunal de Trabalho contra a direcção pela alegada falta de pagamento de horas suplementares e da concessão dos dias de folga, para além de acusarem os dirigentes daquela associação de perseguição e coacção, através de processos disciplinares levantados e até suspensões.
A suspensão de 20 dias foi cumprida, mas apresentaram uma queixa no Tribunal Administrativo de Mirandela, para impugnar a pena, estando ainda por decidir se é confirmada ou se os bombeiros serão ressarcidos pelo cumprimento de uma pena indevida.
Escrito por CIR