Alfândega pede empréstimos de quatro milhões de euros

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Ter, 03/02/2009 - 08:26


A câmara de Alfândega da Fé vai pedir quatro milhões de euros à banca para pagar as dívidas. A oposição critica a não apresentação de um plano de reequilíbrio financeiro.  

O município de Alfandega da Fé vai recorrer a dois novos empréstimos para tentar solucionar a ruptura financeira em que entrou.

Em causa está um crédito de quase um milhão de euros para pagar as obras comparticipadas por fundos comunitários e um outro, de 3 milhões de euros, relativo ao programa do Governo de regularização das dívidas municipais “Pagar a Tempo e Horas”.

 

No entanto, ontem, em Assembleia Municipal, os deputados municipais socialistas votaram contra o recurso a este último empréstimo.

O PS diz que faltou ser apresentado um Plano de Reequilíbrio Financeiro “que vai obrigar a câmara a fazer contenção na contratação de pessoal, nos investimentos a realizar no futuro” afirma a vereadora da oposição. Além disso Berta Nunes diz que isso “vai obrigar a um agravamento dos impostos municipais como é o caso do IMI e do IMT”.

 

Os socialistas dizem que “esse plano devia ter sido apresentado, só que isso dá muito trabalho porque é preciso estudar os dossiers e ter rigor na gestão” critica Berta Nunes.

A vereadora socialista e candidata assumida à autarquia alfandeguense considera que o primeiro empréstimo pode não ser aprovado pelo Tribunal de Contas “e nós seremos gravemente prejudicados e perder dois milhões de euros de fundos comunitários para pagar obras e a câmara parece que não está preocupada com isso” afirma Berta Nunes.

 

O presidente da câmara de Alfândega da Fé desvaloriza as críticas da oposição e diz que dentro de seis meses o equilíbrio financeiro da autarquia será restabelecido.

“Não vamos precisar de nenhum plano de reequilíbrio financeiro porque ele vai ser retomada imediatamente após a assunção destes empréstimos” refere João Carlos Figueiredo não aceitando que “haja um descalabro financeiro pois no espaço de seis meses vamos atingir esse equilíbrio”.

 

Esta assembleia municipal ficou ainda marcada pelo pedido de independência de um deputado do PSD, que entrou em divergência com o executivo. “Há muitos que não têm coragem de o fazer mas eu fi-lo por causa da minha consciência” refere Armando Lopes, acrescentando que “não posso compactuar com isto porque dada a dimensão neste plano não houve um trabalho prévio para saber o que estavam aqui a fazer” conclui indignado.

Escrito por Brigantia