Ter, 27/01/2009 - 19:01
Um bom filme, com tudo para se tornar um dos primeiros clássicos do século XXI, merece uma banda sonora à sua medida.
O desafio foi entregue a Alexandre Desplat, e o compositor tentou criar para o já muito citado filme uma banda sonora que fosse o espelho do muito emocional mundo da sua principal personagem, Benjamin Button (Brad Pitt).
Baseado no conto de F. Scott Fitzgerald e nomeado para 13 categorias The Curious Case of Benjamin Button, conta a vida de um homem que nasce velho e morre bebé.
A vida de Benjamin progride em modo de regressão. ‘Benjamin perde rapidamente toda a gente que vai conhecendo’, diz Desplat. "Uma vez que é impossível manter uma relação amorosa prolongada, a sua vida é composta por flashes de conex&ot ilde;es e desencontros.
A música tem de expressar esse movimento retrógada e inexorável e a melancolia que é a essência da personagem.”
O milagre do filme torna-se no facto de Benjamin se entregar à vida. Ao fazê-lo ultrapassa a limitação do seu destino. A beleza da música de Desplat ajuda a transformar a experiência cinematográfica numa afirmação de amor.
"O filme”, diz Desplat, "tem tudo o que um filme pode oferecer a um compositor: O argumento de Eric Roth da épica viagem de um homem que vive a sua vida biológicamente ao contrário, uma história de amor entre dois dos mais glamorosos actores da actualidade, uma pitada de humor, a metafísica questão da morte e a magia puramente visual criada por um realizador de génio”.
“A música tem de ser poderosa, ao mesmo tempo silenciosa”, explicou ele. “Tem de ser muito delicada e prudente a maneira como envolvemos a música com os sentimentos das personagens.
E como Benjamin é um homem muito silencioso, a música tem de mostrar empatia com esta situação, iluminando os seus momentos de tristeza e de dúvida”.
O compositor nasceu em em Paris em 1961, tendo recebido reconhecimento mundial pela criação da liguagem musical para cinema.