Ter, 23/09/2008 - 07:46
A comissão coordenadora deste movimento cívico estranha o comportamento pacífico dos quatro deputados eleitos pelo distrito de Bragança, até pelo facto da linha ter sido encerrada por tempo indeterminado, não defendendo por isso os interesses das populações que ficaram privados daquele transporte. No entender de Fernando Bebiano, o presidente da comissão coordenadora da MAN, a obrigação dos deputados passa por “vir à região, ouvir as pessoas, as autarquias e agir no terreno”. Para o responsável o que se tem verificado é que “os deputados estão calados”.
Sobre a linha, continua a acreditar que é segura, aliás comprovada pelo relatório preliminar sobre o acidente do passado dia 22 de Agosto. No entanto, acrescenta que, caso venha a ser provado o contrário, é preciso que deva ser equacionada uma alternativa que poderá passar pela construção de um troço ferroviário de via larga com ligação a Sanábria, em Espanha. “Nós defendemos a linha do Tua” deixa bem claro Fernando Bebiano. “A pensar-se numa alternativa deve ser numa via larga”, equaciona só em caso de falta de segurança comprovada da linha do Tua.
Este novo movimento cívico foi constituído em escritura pública, em Março deste ano, mas só na semana passada aconteceu o acto eleitoral. Fernando Bebiano não tem dúvidas que o MAN fazia falta ao nordeste transmontano para desenvolver acções de aperfeiçoamento das condições de exercício de cidadania e contribuir activamente para a eficácia e representatividade das instituições democráticas. “Os movimentos cívicos, como o MAN, não são um partido político e é essa a sua vantagem, ou seja, não professa qualquer ideologia política”, defende.
O novo movimento tem um blog na Internet para mais informações sobre a sua actividade que pode consultar em www.mannnordeste.blogspot.com