Plano de emergência de hospital só foi testado num piso

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Ter, 02/09/2008 - 08:51


O teste ao plano de emergência no Hospital de Macedo de Cavaleiros só foi feito no serviço de medicina. Nos restantes pisos, a resposta ficou por avaliar.

A nível nacional, apenas 53 dos hospitais inspeccionados pela Inspecção-geral da Saúde têm planos de emergência.

Destes apenas 14 são aprovados pela Autoridade Nacional da Protecção Civil.

Desconhece-se se o hospital de Macedo de Cavaleiros consta da lista das unidades hospitalares inspeccionadas mas ao que apuramos o Plano de Emergência Interno já foi testado.

 

Segundo a Liga de Bombeiros Portugueses, "os hospitais têm que garantir a segurança de todos os que lá estão", doentes, funcionários e visitas. A Comissão Nacional da Protecção Civil estabeleceu o prazo de dois anos para que os hospitais revejam os instrumentos de prevenção.

 

No mês de Julho, a unidade hospitalar de Macedo de Cavaleiros foi alvo de um teste ao Plano de Emergência, através do simulacro de um incêndio no serviço de Medicina, no quarto piso. O incêndio foi provocado por um curto-circuito, do qual resultou um ferido grave com queimaduras, uma paragem cardio-respiratória e ainda dois utentes que terão ficado presos nas enfermarias devido ao fumo.

 

Para além de médicos, enfermeiros e auxiliares, o exercício do simulacro envolveu também os Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, a GNR e o INEM.

Para além de testar a eficácia do plano de emergência interna, o simulacro pretendeu ainda avaliar as comunicações internas e externas, bem como os equipamentos de primeira intervenção, como extintores e bocas-de-incêndio.

 

Contudo, o exercício pecou pela sua reduzida abrangência. Lembramos que apenas o serviço de Medicina do hospital foi abrangido pelo simulacro, faltando assim avaliar outros pontos do hospital como os serviços de ortopedia, otorrino e AVC, bem como Bloco Operatório, Urgência, Farmácia, Radiologia e Serviços Administrativos.

 

A Brigantia procurou obter esclarecimentos junto do Centro Hospitalar do Nordeste, mas até ao momento o presidente do conselho de administração não esteve disponível.