Aldeia de Mirandela sem distribuição de correio

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Qui, 03/07/2008 - 08:26


A população de Contins, uma aldeia do concelho de Mirandela, diz que não recebe correspondência desde o dia 25 de Junho. Uma situação que pode estar a ser causada pela ausência de toponímia o que impede o carteiro de distribuir o correio. O presidente da Junta de Freguesia revela que esta questão só deverá estar resolvida no final do ano. Até lá, a população não sabe como irá receber as cartas em casa.  

A preocupação maior dos habitantes de Contins vai para as cartas da luz, do telefone e da água que, não sendo distribuídas, podem levar ao corte destes serviços por falta de pagamento. “Se as cartas não vêm a gente não pode pagar” afirma uma habitante.

 

A população está descontente com esta situação e não percebe o que está a acontecer. Outra moradora diz que “o carteiro é novo e tem de perguntar onde são as casas e por isso pediram à junta para pôr os números mas ainda não vieram e assim os carteiro diz que não lhe convém andar a procurar as casas aqui e além”. Há também quem diga que “há muitos dias que não vejo o carteiro, não sei se haverá correio”.

 

O presidente da Junta de Freguesia de Carvalhais, da qual Contins é anexa, diz que a falta de toponímia, ou seja ruas sem nome e casas sem número de polícia, é uma realidade nas aldeias. Apesar da resolução deste problema ser da responsabilidade das juntas, Marcelo Lago refere que não existe viabilidade económica para o resolver. Já foi feito um levantamento dos nomes que a população dá às ruas e poderá estar tudo regularizado no final do ano.

 

“É verdade que não há toponímia” admite o autarca, mas “a junta não tem meios” justifica. Ainda assim, “arranjei pessoas e fez-se um levantamento” das aldeias daquela freguesia sendo que “as placas de Vila Nova estão encomendadas e até ao fim do mês serão colocadas” afirma Marcelo Lago. Já em Contins e Vilar de Ledra “devem ser aplicadas até ao fim do ano”.

 

Contactado o gabinete de relações públicas dos CTT, foi-nos dito que irão analisar a situação mas que, a falta de toponímia pode inviabilizar a distribuição do correio.