Bombeiros de Bragança têm novos meios de combate a incêndios

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Seg, 14/04/2008 - 09:15


Os bombeiros de Bragança já têm autotanques para distribuição de água e combate a incêndios. A corporação não possuía qualquer viatura deste género, agora tem quatro mas nenhuma delas foi adquirida. As cisternas são provenientes de processos judiciais.

Os carros foram apreendidos a uma empresa de Barcelos que trabalhava na área da distribuição de combustíveis que depois da sentença reverteram a favor do estado.

A corporação solicitou a cedência à Agência Nacional de Compras Públicas e as viaturas chegaram ao quartel recentemente. Meios que vêm suprir uma grave carência, como refere Rui Correia o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bragança. “ Quatro autotanques, dois de grande capacidade com, tractor e dois mais pequenos no total são 100 mil litros, nós de facto estávamos a necessitar muito destes autotanques”, explica Rui Correia.

Neste momento, os autotanques estão na oficina a fazer uma revisão geral para possam estar operacionais o mais rápido possível. Vão servir sobretudo para o combate aos incêndios, mas também para o abastecimento de água a população salienta José Fernandes, o comandante da corporação. “ Bragança debate-se com falta de água, a barragem nunca mais é construída, isto não vem resolver a falta de água, mas vem minorar”. Contudo, o dirigente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Bragança acrescenta que “embora a capacidade total seja de 100 mil litros, para Bragança isto é uma gota de água, para as aldeias aí sim ficaremos com capacidade de abastecer as aldeias”

Mas para fazer a distribuição de água, os autotanques vão ter de ser sujeitos a uma lavagem especial, uma vez que já transportaram combustíveis, para além de outras adaptações, afirma Rui Correia, “adaptar todas as saídas de água para que as nossas mangueiras consigam encaixar e também motores de extracção de água que é para meter água nos autotanques para depois retirar no teatro das operações”.

As viaturas, que se fossem pagas custariam cerca de meio milhão de euros, vão ainda passar por um processo de legalização para receber novas matrículas.