Uma zona de mato em Alvaredos é palco de uma acção de fogo controlado (Vinhais)

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Qua, 20/02/2019 - 09:53


Ao longo de 4 dias e até sexta-feira, numa zona de mato de 200 hectares em Alvaredos, no concelho de Vinhais, está a decorrer uma acção de fogo controlado, com o objectivo de reduzir combustíveis e a diminuição de risco de incêndio para o Verão.

O primeiro dia da acção foi ontem e contou com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas que destacou que pela primeira vez Portugal está a desenvolver uma acção integrada com o ICNF, os municípios e a força especial dos Bombeiros, para fazer a gestão de 7 mil hectares em todo o país.

“Nós temos finalmente um Plano Nacional de Fogo Controlado. Temos previsto fazer este ano 7500 hectares de fogo controlado, em todo o país. Aqui vamos queimar 200, com a participação efectiva dos municípios, que são um elemento essencial, nesta equação que pretendemos no terreno para conseguirmos prevenir melhor os incêndios. Vamos ter o apoio não só dos municípios, como também da Força Especial de Bombeiros”, sustentou Miguel Freitas.

O local estratégico escolhido foi uma zona de mato de 200 hectares onde se registam muitas ignições, como adiantou Flávio Silva, adjunto de operações de Força Especial de Bombeiros: “esta é uma área que não arde desde 2005, mas que tem um histórico de ignições”.

Da acção fazem parte 38 participantes de três nacionalidades, portugueses, espanhóis e um italiano. Da vizinha Espanha, encontram-se 17 operacionais do GRAF (Grup de Recolzament a les Actuciones Forestals), vindo da Catalunha.

“É importante ter bons planos integrais de prevenção e de poder ter estar preparados para o que é necessário fazer, no caso de incêndio”, destacou um dos operacionais, Emilio Dalmau destaca a importância de fazer esta prevenção.

O único italiano é Daniel Scala da Sardenha, que contou que Portugal e Espanha fazem esta prevenção com fogo controlado em maior número do que o seu país.

“Esta troca de conhecimento sobre o fogo e de práticas de fogo controlado são muito importantes, porque permitem trabalhar com os outros. O objectivo é conhecer o nosso modo de trabalho e melhorar a capacidade de prevenção do fogo, e aprender com os erros comuns. As técnicas são similares, mudam algumas particularidades. Digamos que Espanha e Portugal usam em modo muito massivo, como meio de prevenção, em relação a Itália”, conclui Daniel Scala.

A acção de fogo controlado está a ser realizada por 38 participantes, portugueses, espanhóis e um italiano, numa troca de experiências internacional.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Maria João Canadas