Ter, 30/09/2008 - 13:26
A denúncia é de Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses que avança que “o Hospital de Bragança não admite enfermeiros mas utiliza o facto de os alunos estarem em estágio nos serviços para, por exemplo, dar dias de folga que deve aos enfermeiros”. Mas esta não é a única denúncia, o SEP também revela que esta falta de admissão de enfermeiros do Centro Hospitalar do Nordeste leva à realização de horas extraordinárias, mas que, em alguns casos são pagas como horário normal. De acordo com a mesma fonte sindical “ tem havido uma política da parte dos hospitais de não admissão de enfermeiros, razão pela qual tem vindo a aumentar o número de horas extraordinárias que são devidas aos enfermeiros ou que são pagas como trabalho normal”, alerta ainda. Estas são apenas algumas das razões que levaram à paralisação de hoje e amanhã, dos enfermeiros portugueses. Guadalupe Simões espera ainda que esta greve permita negociações no que diz respeito à carreira de enfermagem e que “o processo negocial se possa concretizar”. A sindicalista lamenta que se continue a assistir”. Segundo números do próprio SEP, no período da manhã, a adesão à greve no hospital de Chaves rondava os 74%, nas três unidades de saúde do Centro Hospitalar do Nordeste situava-se nos 47% e oito centros de saúde da região tiveram uma adesão total. Contactada a Administração do Centro Hospitalar do Nordeste desmente categoricamente e “com indignação” as denúncias feitas pelo sindicato.