Produção de Mel e outros produtos apícolas cresce 5 por cento ao ano em Portugal

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Seg, 20/02/2017 - 10:09


A produção de mel está a crescer 5 por cento por ano, a nível nacional. Números avançados por Manuel Gonçalves, o presidente da Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP). O número de produtores tem vindo a descer, é certo. Mas não se ressente na produção.

“O sector está a crescer 5% ao ano. Neste momento, temos menos apicultores do que tínhamos há 10 anos, mas temos, possivelmente, mais de 50% do efectivo apícola. Neste momento, estamos com cerca de 650 mil colmeias. Temos uma produção maior, a qualidade do mel é melhor. Tem de apostado na melhoria de qualidade, de produção e de rentabilidade e de sustentabilidade económica das produções”, referiu.

A média de idade do apicultor está a diminuir, a formação a aumentar. Em Trás-os-Montes estima-se que existam 500 apicultores no activo no momento. E ainda há mercado.

“O apicultor tradicional tinha uma idade avançada, acima dos 65 anos. Neste momento, a média é de 56 anos. A formação tem vindo a aumentar, e as exigências no sector assim o obrigam. As técnicas usadas requerem conhecimentos, e os jovens com formação superior têm vindo a crescer no sector. Quanto ao mercado, deixo um número: A Europa produz menos 40% do que o que consome e por isso, tem que importar”, explicou.

Este fim-de-semana, Macedo de Cavaleiros recebeu 250 apicultores, portugueses e espanhóis, para a VIII edição das Jornadas da Macmel e o V Seminário da Associação Apícola Seita da Abelha. Francisco Rogão, da organização, lembra que há produtos da colmeia que ainda podem ser rentabilizados.

“Neste momento, o apicultor está muito virado para o mel e começa a virar para o pólen. Mas há outros, como a geleia real, que praticamente não se produz no nosso país, e pode ser um potencial económico a explorar”, adiantou.

Nesta matéria, o presidente da FNAP considera que é possível produzir mais própolis e pólen no nosso país, mas realça que, quando à geleia real, o mercado está monopolizado pela China, que é neste momento o maior exportador mundial. Na Europa, este mercado é dominado pela França. Escrito por Rádio Onda Livre (CIR).