Ter, 22/07/2025 - 08:56
Uma candidatura para “vencer e recolocar Mirandela no mapa, determinada em devolver-lhe a centralidade que merece na região e no país”.
Foi desta forma que Paulo Pinto se apresentou como cabeça de lista da coligação PSDCDS, a presidente da Câmara de Mirandela nas autárquicas de 12 de outubro, na apresentação pública que decorreu na tarde deste domingo no Auditório Municipal.
Paulo Pinto entende que nos últimos oito anos de governação socialista na autarquia viu uma terra “cheia de potencial ser conduzida com pouca ambição, deixando escapar oportunidades de desenvolvimento, de crescimento e de afirmação regional”.
Mas o candidato da AD diz que não pretende enveredar pela crítica, mas antes privilegiar soluções para o futuro. “Estamos aqui não apenas para identificar o que falhou, mas sobretudo para propor soluções e devolver à política local o seu verdadeiro propósito — servir as pessoas, promover o bem comum e construir um futuro com dignidade e esperança”, refere.
Apesar de ressalvar que ainda não é o momento de apresentar as medidas que vão constar do programa eleitoral, Paulo Pinto já foi avançando que será uma estratégia assente em três grandes eixos: Desenvolvimento económico sustentável, promoção do bem-estar social e da qualidade de vida e fortalecimento da governança local e participativa. E o candidato já revelou algumas ideias:
“Comprometemo-nos com a resolução definitiva do problema do abastecimento de água, propondo um pacto político municipal, com vista à modernização das redes, à redução de perdas e à redução dos custos do preço da água para as famílias e empresas. Vamos implementar um plano concelhio de mobilidade rural, em articulação com taxistas locais, combatendo o isolamento das aldeias e permitindo o acesso regular a serviços essenciais, assim como reclassificar a estrada M578 - Mirandela-Trindade, para nacional, que se encontra num estado lastimosos: Propomos a construção de habitação a custos controlados, como resposta ao aumento do custo de vida e à dificuldade de acesso à habitação para jovens e famílias”.
Além disso, o candidato da AD diz ser tempo de “devolver ao Complexo do Cachão e à Zona Industrial de Mirandela a sua capacidade de gerar investimento e emprego. Vamos trabalhar em conjunto com o município vizinho de Vila Flor para reabilitar o matadouro e dar-lhe nova vida”. Pretende ainda “aumentar a capacidade das creches, porque temos 240 crianças em lista de espera e num claro apoio às famílias. Construir novas respostas para pessoas com deficiência, reforço das estruturas residenciais para idosos e criação de centros de dia em freguesias prioritárias”, acrescenta.
Paulo Pinto diz que não esquece outras necessidades como a requalificação do Mercado Municipal, a criação da “Cozinha Memória Viva da Alheira” e o apoio à cultura gastronómica e às festas tradicionais. As restantes prioridades ligadas ao turismo, educação, cultura, saúde e mobilidade remete para mais tarde a sua divulgação.
Quanto ao facto de haver seis candidaturas a presidente de Câmara, um número recorde desde 1976, Paulo Pinto até entende ser “um sinal positivo de cidadania por Mirandela e estou convencido que ganharemos todos, até porque o voto é soberano, quem escolhe são os mirandelenses em voto livre e saberão de sua justiça quem querem ver nos próximos quatro anos na Câmara Municipal”, conta.
Para já, ainda é desconhecida a equipa que acompanha Paulo Pinto na candidatura à Câmara, nem quem irá acompanhar José Silvano na candidatura à Assembleia Municipal. Nas juntas de freguesia, Paulo Pinto apenas garante que haverá mais do que as 22 candidaturas das autárquicas de 2021. “A política mudou muito nos últimos anos, as aldeias estão despovoadas, mas temos mais candidaturas do que há quatro anos”, garante.
A “BICADA” DE SILVANO A LUÍSA TORRES
Na apresentação pública da candidatura da AD, José Silvano, cabeça de lista à Assembleia Municipal, socorreu-se de uma declaração de Luísa Torres, cabeça de lista do Movimento Independente “Move Mirandela”, para vincar a necessidade de mudança no Palácio dos Távoras. “Numa candidatura que se apresentou há pouco tempo, a senhora candidata usou uma frase na sua intervenção inicial que dizia: decidi candidatar-me a presidente da Câmara de Mirandela porque Mirandela estagnou. Acho que nem iria tão longe, porque há coisas que foram bem feitas e coisas que foram mal feitas, mas esta candidata que disse isto deve ter toda a razão porque conhece e foi oito anos secretária da Assembleia Municipal, o terceiro da lista foi presidente da Assembleia Municipal durante oito anos, do Partido Socialista, que se apresentam agora como uma candidatura independente e, se eles, que estavam por dentro, dizem que Mirandela estagnou, o que é que querem que nós digamos quando somos oposição”, questiona.
José Silvano foi um dos oradores na apresentação pública de Paulo Pinto, como cabeça de lista da AD à Câmara de Mirandela, para além do Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, o líder da Distrital do PSD Hernâni Dias, bem como Joaquim Abreu Lima, líder distrital do CDS, e Catarina Araújo, em representação da Estrutura Nacional do CDS.
Escrito por Terra Quente FM (CIR)