Ministro da Agricultura foi a Alfândega para conhecer obras da barragem que vai beneficiar 150 agricultores em Vilar Chão – Parada

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Qua, 12/06/2024 - 09:16


Obras começaram na semana passada
No próximo ano será criado um plano definido de investimentos para o regadio, a nível nacional. O ministro da Agricultura e Pesca, José Manuel Fernandes, visitou as obras de construção da Barragem de Gebelim, em Alfândega da Fé, que arrancaram na semana passada, e garantiu que este tipo de investimentos é fundamental para o país, trazendo coesão territorial. Por isso, o Governo não quer ficar parado no que a esta matéria diz respeito. “Nós precisamos de armazenar a água e depois de a distribuir de forma eficiente. Não é por acaso que o Primeiro-Ministro avançou com uma estratégia onde, até ao fim do ano, os ministérios da agricultura e ambiente, vão avançar com equipas técnicas para que no próximo ano, a partir de Janeiro, se tenha um plano definido de investimentos, onde a questão do regadio e de uma rede interligada de água existirá mas existirá também água para o consumo humano e sinergias entre estes investimentos. Aliás, muitas destas estruturas feitas sobretudo para a agricultura também servem, em períodos de maior necessidade, para consumo humano”.
Questionado sobre a reclamação do plano de regadio para o Planalto Mirandês e ainda sobre a reclamação de construção de três barragens em Bragança, nomeadamente em Parada, Calvelhe e Rebordãos, o ministro deixou alguma esperança. “Temos, a partir deste momento, também, um outro programa, o PEPAC, onde haverá investimentos para este objectivo, além do plano nacional que vamos criar. A junção de fundos irá fornecer o financiamento para estes projectos. Para além disso, no âmbito do Portugual 2030 poderá haver um ou outro investimento pontual”.
O aproveitamento hidroagrícola que começou a ser construído no concelho de Alfândega da Fé vai abranger 500 hectares de terreno, nas aldeias de Vilar Chão e Parada, e cerca de 150 regantes. Arsénio Pereira, presidente da Associação de Regantes de Vilar Chão – Parada, espera que com este investimento a produção duplique. “Estamos numa zona extremamente seca e se não for a água de barragem não conseguimos fazer regadio. Portanto, se tivermos água vamos ter culturas mais certas, já que agora, num ano temos cultura, no a seguir já não. O sequeiro é assim. Se tivermos água, a produção vai ser mais certa, há mais produção, melhor produto. É essa a nossa ideia, melhorar, duplicar, o rendimento dos agricultores”.
O presidente da câmara de Alfândega da Fé, Eduardo Tavares mostra-se satisfeito por ver a obra começar, depois de 10 anos de luta. “Estou feliz. É um sentido de dever cumprido, pelas nossas populações e por aquilo que são as expectativas dos nossos agricultores. Formas mais de 10 anos a trabalhar para que este projecto fosse uma realidade. E, depois de muitas dificuldades, o importante agora é falar do que correu bem, da ajuda que tivemos de vários governos, ministros e secretários de Estado. Só foi possível chegar aqui porque se ultrapassaram vários obstáculos”.
A barragem estará concluída daqui a um ano e meio. O valor global do investimento é de 26 milhões de euros, sendo que é financiado na totalidade pelo Programa de Desenvolvimento Rural 2020. A capacidade útil de armazenamento é de 1,2 milhões de metros cúbicos, para se regarem 500 hectares, sobretudo, de olival e amendoal.
Escrito por Brigantia
Jornalista: 
Carina Alves