Ter, 28/04/2009 - 08:27
A alienação do edifício surge na sequência da reestruturação das estruturas descentralizadas da Estradas de Portugal.O Conselho de Administração da empresa entende que para o funcionamento das delegações regionais basta um espaço de 250 m2.As actuais instalações da delegação de Bragança apresentam uma área útil de trabalho de 820 m2, o que para a Estradas de Portugal “ultrapassa largamente as áreas necessárias para este tipo de estruturas”, justificando-se assim “uma mudança de instalações”. O deputado do PSD na Assembleia da República diz-se boquiaberto.“Nunca na minha vida vi uma situação com a que vem descrita nessa resposta que me é dada pelo Ministério das Obras Públicas” refere. “Trata-se de um edifico novo e muito válido, que foi construído com dinheiros públicos e agora é dito que a Estradas de Portugal quer vender essas instalações a um privado” afirma Adão Silva para quem “isto é uma coisa de difícil enquadramento legal e não tem bom senso nenhum”. A resposta do ministério diz ainda que “são várias as soluções possíveis quanto ao destino a dar a este edifício” adiantando que elas “estão em ponderação na Estradas de Portugal” mas que podem passar pela “alienação com base numa avaliação externa que está em curso”. Adão Silva não concorda e sugere que sejam ali instalados outros serviços públicos que carecem de boas instalações. “Muitos serviços públicos na cidade de Bragança estão instalados de forma muito precária, como é o caso das finanças, conservatória do registo civil e predial e podiam ter ali excelentes instalações” considera o deputado. “Parece-me essencial que haja um protocolo entre os ministérios para que aquele espaço seja utilizado para acolher serviços que também são públicos” conclui. Para Adão Silva, esta atitude do Governo só vem clarificar a intenção de esvaziar o distrito de Bragança de serviços públicos.
Quanto ao local onde ficará sedeada a delegação de Bragança da Estradas de Portugal, ainda não há qualquer decisão.
Escrito por Brigantia