Lay-off na Adega Cooperativa de Alijó

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Ter, 28/04/2009 - 09:58


A Adega Cooperativa de Alijó está a ponderar colocar parte dos 19 funcionários em situação de lay-off, já em Maio. As vendas caíram, os problemas económicos da instituição agudizam-se e os trabalhadores olham com apreensão para o futuro.    

É o caso de duas trabalhadoras da linha de engarrafamento.

“Dizem que isto está mal, que o vinho não se vende e que os compradores também não vêm buscar o vinho” afirma Maria de Fátima Cardoso.

“Nunca nos disseram directamente que isto ía à falência, mas eu sou responsável pelas cargas e descargas e vejo que não há camiões para carregar” refere Ana Paula Barros.

 

São quatro as trabalhadoras da linha de engarrafamento da Adega de Alijó que estão esta semana a gozar férias por falta de trabalho.

O presidente da direcção explica que se chegou a esta situação porque “estamos a entrar numa crise comercial, pois as encomendas são menores e por isso o trabalho também diminui”. José Ribeiro acrescenta que “como há funcionários que ainda têm férias para gozar aproveitamos esta semana que só tem quatro dias para quatro funcionários tirarem dias de férias”.

 

No entanto, José Ribeiro não descarta a hipótese de colocar alguns funcionários em lay-off, ou seja, num quadro de redução temporária do horário de trabalho. “Se as encomendas não melhorarem o pessoal não vai ficar aqui sentado e por isso temos de equacionar essa hipótese de forma rotativa por mês envolvendo quatro pessoas” adianta.

 

O presidente da Câmara de Alijó diz-se preocupado com a situação da adega, mas lembra que a crise sobre o sector cooperativo já se sente há dois anos, altura em que faliu a Adega de Sanfins do Douro.

Por isso defende a fusão das adegas restantes e a opção por um modelo profissional. “Não há viabilidade de o concelho de Alijó ter quatro adegas como tinha antes pois representa um desperdício ao nível dos custos de produção” considera Artur Cascarejo. Por isso “nós propomos a profissionalização da gestão das adegas e fundi-las para ganhar mais escala” acrescenta o autarca.

 

De resto, a autarquia pagou recentemente 40 mil euros para ser realizado um outro estudo que visa a fusão da Adega de Alijó com as de Favaios e de Pegarinhos.

Escrito por CIR