Qui, 05/01/2012 - 09:24
A presidente da concelhia do PS de Mirandela e vereadora da oposição, Júlia Rodrigues, votou contra porque entende que o executivo, agora liderado por António Branco, podia dar o exemplo, em tempo de austeridade, e também começar a poupar e até actuar em conformidade com o que já está proposto no documento verde da reforma da administração local, que prevê para Mirandela apenas dois vereadores a tempo inteiro a partir de 2013.“Seria um sinal muito positivo como uma marca de rigor e seria a fixação do número de dois vereadores como está contemplado na lei que define o número de vereadores em regime de tempo inteiro e como está no documento verde da reforma da administração local” refere Júlia Rodrigues, acrescentando que “em 2009 foi ao brigo do regime excepcional que foi designado o terceiro vereador mas as condições financeiras eram outras e agora num plano de contenção que foi aprovado e com um plano de saneamento financeiro para pagar 22 milhões de euros de dívida ainda estamos a pedir mais sacrifícios e a comprometer mais o futuro, o que não faz sentido nenhum”.Júlia Rodrigues faz questão de referir que não se trata de uma ilegalidade, mas considera ser imoral esta nomeação de um vereador a tempo inteiro. A líder do PS de Mirandela entende que a poupança desta medida podia ser canalizada para apoios sociais a famílias carenciadas.“É legal mas é imoral pois não se entende como é que com o aumento de impostos e de tantos sacrifícios, com despedimentos, cortes em subsídios, é possível aumentar o número de vereadores” afirma a socialistas para quem desta forma “existem gastos que seria perfeitamente evitáveis e conseguiríamos canalizar essas verbas para o aumento de apoios sociais a famílias carenciadas que existem cada vez mais e também no caso dos medicamentos para idosos”.
O Partido Socialista considera que o executivo da câmara de Mirandela perdeu uma grande oportunidade de dar um sinal positivo de poupança em tempo de crise, ao permitir que, na era pós Silvano, fosse nomeado um vereador a tempo inteiro.
Escrito por CIR