Idosa debaixo de chuva em casa camarária

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Qua, 15/10/2008 - 10:16


Uma casa camarária do bairro operário, em Mirandela, necessita de obras urgentes. A casa está habitada por uma idosa que vive numa situação degradante sempre que chove. O telhado deixa entrar a água, as janelas e portas estão bastante danificadas e envelhecidas, não oferecendo qualquer segurança. Esta moradora, de 83 anos, queixa-se que a Câmara tarda em arranjar uma solução.  

Carolina Helena vive há cerca de 20 anos com o coração nas mãos sempre que chove. A casa onde mora, propriedade da autarquia de Mirandela, não tem as condições mínimas de habitabilidade. O telhado, demasiado velho, deixa entrar água em todos os compartimentos, obrigando esta idosa, de 83 anos, a cobrir toda a mobília com plásticos e a dormir inclusive embrulhada num, pois até na cama chove.

 

“Eu era guarda de passagem de nível e precisaram da casa onde eu morava” explica a octogenária acrescentando que “deitaram-na a baixo e deram-me esta e agora chove-me na casa toda”. “Já tenho dormido metida em sacos plásticos porque me caía água em cima” conta. “Até me caiu água nesta vista e nunca mais vi dela”.

 

Carolina Helena já denunciou o caso à autarquia, mas até agora nada foi feito. “Dizem que não têm dinheiro, já vieram cá mas é só na inglês-ver” refere a idosa indignada.

Com cerca de 300 euros de reforma, Carolina Helena pouco ou nada pode fazer para resolver esta situação. “Não tenho dinheiro, a minha reforma mal me chega para comer e para os medicamentos e eu não tenho obrigação de fazer obras na casa dos outros”, considera.

 

Para além do telhado, a própria habitação necessita de uma intervenção urgente ao nível de portas e janelas, as quais não oferecem segurança a esta idosa que vive sozinha numa casa camarária em Mirandela.

 

A autarquia colocou já a concurso a empreitada para a realização das obras necessárias a esta habitação. “As casas do bairro operário são todas antigas e realmente têm sofrido algum nível de degradação” admite o vice-presidente da câmara de Mirandela. “A intervenção obriga a um conjunto de procedimentos que torna a recuperação demorada mas o assunto já está em andamento” garante António Branco.

As obras só deverão começar no início de 2009.