Controlo Parental debatido na PSP: proteger os mais novos

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Sex, 11/04/2025 - 11:06


Proteger as crianças e jovens dos perigos digitais é uma preocupação cada vez maior para os pais, já que, hoje em dia, os mais pequenos aproximam-se dos telemóveis, computadores e tablets cada vez mais cedo. Ontem, em Bragança, na PSP, o controlo parental esteve em debate, para se perceber que perigos existem e como proteger os filhos

Ana Gonçalves tem uma filha de 10 anos, que já tem um telemóvel, com acesso à internet, e sente-se preocupada, porque há diversas matérias que desconhece e com as quais a criança tem contacto. “Há coisas que acontecem à velocidade da luz. Eu não estou a par sequer do que existe. Estou aqui para tentar perceber, inclusive os símbolos que circulam por aí na internet, o que é que querem dizer, e não fazia a menor ideia. E é assustador”.

E diz que é fundamental desmistificar algumas situações junto dos filhos, tentando que percebam os perigos. “A questão de serem expostos nas redes sociais é muito mau. Isto acontece muito cedo e acho que tem de haver limites e que a educação começa em casa, acima de tudo. E se alguma criança usa um vídeo para menosprezar ou atacar um colega é porque falta alguma coisa em casa. Faltam valores, falta conversa”.

Ana Gonçalves pode controlar a forma como a filha usa o telemóvel mas, mesmo assim, sente-se apreensiva. “Eu posso ter o controle parental ativado, mas eu sei que há colegas que não têm e, portanto, se ela não vê algo no dela, provavelmente, pode ver no dos colegas”.

A sessão, ontem, foi promovida por Joana Ribeiro, que está a estagiar na PSP. É aluna de Educação Social do IPB e diz que é essencial que os pais acompanhem, desde cedo, os filhos, nesta matéria. “Percebi que é uma necessidade haver mais cuidado com o uso de dispositivos móveis porque as crianças têm acesso a estes dispositivos muito cedo e sem um controlo adequado”.

A PSP organiza algumas sessões de esclarecimento sobre a segurança digital, nas escolas de Bragança. A ideia é ajudar os mais novos a compreender o mundo digital. O comissário Ricardo Borges diz que os adolescentes são menos recetivos mas as sessões dão frutos. “A faixa etária mais avançada, e que já tem conhecimento da internet e do ambiente digital, muitas vezes, já têm mais aquela ideia de já estarem conscientes, preparados, mas, na verdade, isso não é propriamente uma realidade. Nas faixas mais jovens nota-se que há uma capacidade de aceitação e de interiorização do que é transmitido muito mais fácil”.

Esclarecer aos pais o que é o controlo parental foi um dos pontos em destaque, ontem, na sessão, na PSP.

A PSP alerta que a educação digital começa em casa e que é importante que os pais acompanhem os filhos, no uso de tecnologias.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves