Centenas de pessoas despedem-se de bombeiro morto

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Seg, 09/09/2013 - 10:44


Dor e emoção na despedida de Daniel Falcão, o jovem bombeiro da Corporação de Miranda do Douro, que não resistiu às queimaduras graves sofridas num incêndio em Cicouro a 1 de Agosto. Daniel Falcão, de 25 anos, esteve internado durante um mês no Hospital da Prelada no Porto, mas acabou por morrer ao início da noite da passada sexta-feira. 

O funeral do jovem realizou-se ontem na aldeia da Póvoa, em Miranda do Douro, de onde era natural.Este é o segundo elemento da corporação de Miranda a perder a vida na sequência do mesmo incêndio. O comandante, Luís Martins, recorda o Daniel como um bombeiro experiente e sempre disponível para desempenhar a sua missão. “O Daniel deixa-nos muitas saudades. Além de um bombeiro era um amigo pessoal meu e não tenho palavras para descrever a atitude que o Daniel tinha para connosco. Ele era um dos bombeiros que estava sempre na primeira linha. Era um dos bombeiros que nós considerávamos com mais experiência, foi surpreendido. Algum fenómeno ali aconteceu que ainda hoje não conseguimos explicar”, afirma o comandante dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro. Este jovem bombeiro deixa saudades entre os colegas. Para o coordenador nacional da Juvebombeiro, Paulo Ferro, é mais uma perda de um elemento da família para os bombeiros, mas acredita que estas mortes não vão afastar os jovens dos quartéis.“Os bombeiros são uma família e é como se perdêssemos um irmão. Custa muito a todos os bombeiros, de Norte a Sul, custa a todos estes momentos. Espero que estas situações não levem os jovens a afastar-se dos bombeiros, porque os bombeiros dependem muito de jovens. Todos os anos precisam de sangue novo e é importante os jovens aproveitarem a entrada numa corporação de bombeiros para poderem dar continuidade à sua juventude e a valores que só aprenderão nos bombeiros”, realça Paulo Ferro. 

Daniel Falcão, de 25 anos, fazia parte dos Bombeiros Voluntários de Miranda do Douro há seis. Não resistiu às queimaduras graves provocadas pelo fogo, depois de um mês de internamento no Hospital da Prelada, no Porto.

Escrito por Brigantia