Alegada falha de socorro motiva queixa contra INEM

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Seg, 14/07/2008 - 11:03


  Uma família de Bragança vai apresentar queixa contra o INEM por alegada falha na assistência a um pedido de socorro. Este fim-de-semana um camionista residente em Bragança sentiu-se mal em pleno IP4 e o Instituto Nacional de Emergência Médica não enviou nenhuma ambulância para o local.

  

Perto do Alto de Pópulo, no distrito de Vila Real, viu-se obrigado a parar o camião carregado de fardos porque sentia dores no peito. Alertou o empregado que seguiu de imediato em direcção ao local acompanhado pelo filho mais velho da vítima.

 

Entretanto, Lucília Gonçalves, a esposa, comunicou a ocorrência ao CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) informando que o marido sofria de problemas cardíacos. “ Tinha-lhes dito a informação do que estava acontecer, que o meu marido se tinha sentido muito mal, e que mandassem para lá ajuda, que o meu filho já ia a caminho”, explica Lucília Gonçalves afirmando ainda que “eu disse ao 112 que o meu marido tinha problemas cardíacos, que era uma pessoa crítica, e que mandassem para lá alguém”.

 

Segundo Lucília Gonçalves, o CODU terá pedido o contacto o marido que não terá atendido a chamada do INEM. O contacto acabou por ser feito com o filho que já se encontrava junto da vítima, sendo transportada para o Hospital de Vila Real pela família. “Quando eles contactaram o meu filho, já depois do meu filho ter estado à espera voltaram a contactá-lo a perguntar o que precisava e o meu filho disse que não precisava de nada, porque estava a 10 quilómetros de Vila Real”, recorda a queixosa. “O mínimo era terem enviado uma ambulância”, acrescenta.

 

Por considerar que a actuação do INEM foi negligente Lucília Gonçalves admite apresentar queixa contra o Instituto Nacional de Emergência Médica. “Vamos escrever para o Ministério Público, porque não se admite que estejam pessoas incompetentes a atender o telefone”, garante Lucília Gonçalves. “Então se tivesse um acidente também estavam à espera que a família lá fosse?”, questiona a queixosa.

 

 Contactado o INEM, até ao momento ainda não obtivemos qualquer resposta sobre este caso.