Qua, 23/10/2024 - 09:11
Mirandela tem um novo movimento cívico. Chama-se AIC (Associação Iniciativa Cultural, Recreativa e de Solidariedade).
A sua criação já foi oficializada e tem como presidente Inês Silvestre, uma mirandelense ex-emigrante em França, onde também liderou uma associação do género. “Tinha 400 pessoas nessa associação e estou muito muito orgulhosa daquilo que fiz. Hoje, 67 anos depois, volto a renascer”, acredita.
No almoço de apresentação da AIC, no domingo, Inês Silvestre fez questão de vincar que esta associação “não pretende preencher o espaço de outras que existem na região”, mas antes ser “uma parceira na partilha de saberes” que diz serem importantes para unir a região transmontana. “Eu sozinha não consigo fazer nada, com os membros da associação também não, mas julgo que todas as boas vontades e todos os conhecimentos destas terras, podemos fazer toda a diferença”, acrescenta.
Inês Silvestre diz que agora “é altura de arregaçar as mangas para dinamizar Mirandela” e ideias não faltam à presidente da nova AIC. “Temos de pensar a região, pensar na ajuda, criar diversidade e eventos porque a nossa terra precisa de vida, haverá encontros e palestras sobre assuntos muito sérios da sociedade atual que é de consumo e em que cada um vive para si e assim não vamos lá. Vamos arranjar soluções”, promete.
Inês Silvestre quer trabalhar com todas as associações já existentes, porque “eles têm o saber fazer e uma cultura que não tenho e que vamos todos aprender para por a gente da nossa terra lá em cima, porque somos transmontanos mas não somos analfabetos”, acrescenta.
A presidente da AIC vai avisando que quem fizer parte da AIC “vai ter de estar pronta para trabalhar” alinhada com o mesmo objetivo: “desenvolver Mirandela e a região transmontana”.
Inês Silvestre diz que o passo para criar a associação foi dado com muita determinação, mesmo que algumas vozes se tenham mostrado céticas. “Disseram-se que iria criar problemas, mas para mim a palavra não está fora do meu vocabulário. É sempre possível”, diz.
Paula Borges, Rui Barreira, José Pina, Cristina Passas e António Carneiro fazem parte do conselho consultivo que tem como função auxiliar a direção na tomada de decisões em prol da efetivação do fim para o qual foi criada a AIC.
Escrito por Terra Quente (CIR)