Sex, 15/11/2019 - 09:59
Segundo Luís Durães, coordenador do projecto na zona norte, normalmente, são as associações que tentam que o “Café Memória” chegue a determinada localidade. No caso de Mirandela o processo deu-se ao contrário.
“Nós chegámos a este território, que era um objectivo antigo da Associação do projecto em particular, conseguir chegar a Trás-os-Montes, graças a termos, em 2018, sido agraciados pelo Prémio do Santander, e usamos este prémio para alocá-lo à criação do primeiro Café Memória no interior”, explicou.
O “Café Memória” vai acontecer no terceiro sábado de cada mês, das dez da manhã ao meio dia. Além dos doentes também os cuidadores, familiares, amigos e outros interessados podem participar. Luís Durães assume que é com agrado que “finalmente” se chega à região, onde considera que, quanto à demência, ainda há muitas lacunas.
O grande objectivo do “Café Memória” passa por reduzir o isolamento social em que muitas das pessoas com demência e os seus familiares e cuidadores se encontram.
“Pretende-se que seja um espaço informal num contexto informal em que as pessoas conseguem encontrar um local de partilha de experiências e de suporte e apoio emocional mútuo”, disse.
A participação no “Café Memória” é gratuita e não é necessário inscrição. A primeira partilha de experiências daqueles que lidam, directa ou indirectamente, com a demência, tem lugar amanhã, no bar do centro cultural municipal. De lembrar que a demência representa mais de metade das oito mil consultas anuais de Neurologia na Unidade Local de Saúde do Nordeste.
Escrito por Brigantia
Foto: Café Memória