Produtores de castanha apostam cada vez mais na mecanização

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Qui, 06/11/2014 - 10:26


  Há cada vez mais produtores de castanha no concelho de Bragança a apostar na mecanização da apanha da castanha. Os agricultores recorrem às máquinas para colmatar a falta de mão-de-obra e também para aumentarem os lucros, diminuindo os custos.

Eduardo Portela é produtor de castanha em Samil, no concelho de Bragança, e não tem dúvidas que a mecanização é o futuro na apanha da castanha, devido à falta de mão-de-obra.
“Temos que nos mecanizar, porque é a única possibilidade de o agricultor poder tirar algum rendimento. Se não estiver mecanizado a mão-de-obra fica cara e não há. A jeira oscila entre os 40 e os 50 euros. No fim, o dinheiro que as castanhas dão vão para a apanha. Em anos maus como este não compensa mesmo”, constata o produtor.
Duarte Afonso, produtor de castanha na freguesia de Rebordãos, também se queixa da falta de gente para trabalhar. Por isso, o produtor está a ponderar preparar os soutos para introduzir a máquina de apanha da castanha.
“Hoje já não há quem queira trabalhar. Uns dias dizem que vão, outros já não vão e a castanha tem que se apanhar. Por isso, temos que apostar nas máquinas”, afirma Duarte Afonso.
Para a máquina ser rentável é preciso deixar de lavrar os soutos. Manuel Meles, empresário do sector, em Bragança, garante que se os soutos estiverem preparados a máquina recolhe cerca de 400 quilos de castanha por hora.
“A máquina recolhe 400 quilos por hora, o que equivale a mais do que uma mulher diária a apanhar a castanha”, realça Manuel Meles
Os produtores de castanha da região a apostarem cada vez mais na mecanização para fazer a apanha.