Seg, 14/07/2008 - 08:49
“Fazemos isto para preservar a tradição porque hoje em dia, principalmente no meio urbano, praticamente ninguém sabe fazer uma compota” explica Susana Taveira da Azimute acrescentando que desta forma “damos a conhecer estes usos ás gerações vindouras que depois podem fazer em casa”. A responsável salienta que estas compotas têm ainda a vantagem de não conter “corantes nem conservantes, é tudo natural”. Além disso, “nesta altura de crise é sempre uma possibilidade de as pessoas fazerem isto em casa já que não é um processo muito complicado”.
Os doces são confeccionados com a fruta colhida na aldeia e segundo Infância Gonçalves, um habitante que participou na acção, não há segredo para fazer estas compotas. “Faz-se de cereja, de ginja, de morango, pêra e figo e é só juntar o açúcar e deixar apurar” conta. Esta “especialista” acrescenta que “há quem junte canela” mas isso já “é conforme o gosto de cada um”.
No entanto, há quem já tenha evoluído na tradição e acaba por fazer compotas com misturas de sabores, como é o caso de Imperatriz Oliveira. “Eu faço de melão e junto-lhe laranja com casca e tudo” explica. Além disso “também nozes ou amêndoas no doce de abóbora”, revela.
Para além das compotas, esta iniciativa da Azimute também pretendia divulgar a importância das ervas aromáticas na gastronomia ou até para fazer chá.