Voto por correspondência chega a Argozelo um dia depois do acto eleitoral

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Ter, 07/06/2011 - 09:29


O presidente da Junta de Freguesia de Argozelo, em Vimioso, está indignado com os CTT por ter recebido um voto por correspondência depois do acto eleitoral. Francisco Lopes afirma que o voto enviado por correspondência só chegou à Junta ontem, ao final da tarde. Ou seja, um dia depois do encerramento das urnas. 

“Recebemos um voto para o acto eleitoral que decorreu no domingo, Não sabemos bem quais os trâmites nem o que fazer com o voto daquele cidadão, a quem assiste o direito de votar como a qualquer outro”. Devido à hora tardia a que tomou conhecimento do caso, Francisco Lopes não conseguiu esclarecimentos junto da Comissão Nacional de Eleições. Este voto não foi contabilizado para a eleição do actual primeiro-ministro e o autarca aponta o dedo aos CTT pelo atraso da correspondência. “Espero que este assunto tenha uma solução e que a vontade do eleitor se torne ainda possível. Para mim tem tanto valor um voto como um milhão. Neste caso é um prisioneiro e tem todo o direito de escolher o que quer. Mais uma vez, os Correios estão a prestar um mau serviço aos eleitores do Nordeste Transmontano”, sublinha, ele que mantém um diferendo com os CTT devido à vontade assumida da empresa encerrar o posto que tem na vila. Jorge Gomes, o Governador Civil do distrito, indicou, sem gravar declarações, que o voto será ainda hoje encaminhado para a Comissão de Escrutínio, cujo juiz tomará a decisão sobre a validação, ou não, deste voto tardio.

Este é um caso inédito em Bragança, pelo menos na última década.

Escrito por Brigantia