Voos entre Bragança e Lisboa foram cancelados

Nesta altura, a Aerocondor só já terá apenas um avião disponível para operar, uma vez que recentemente as outras duas aeronaves de que dispunha terão sido penhoradas.

O serviço vinha sendo assegurado com regularidade, mas desta vez os voos foram cancelados durante uma semana à semelhança do que aconteceu há cerca de um ano.

 “Mais uma vez nos vemos limitados neste serviço, aquilo que me é dado a conhecer já ontem segunda-feira não houve voos, hoje não há voos, e pelo que me dizem até sexta-feira não vai haver voos, por trás disto estão questões de ordem técnica”, confirma o presidente do Nerba. “Mas aquilo que nos resta dizer é lamentar termos aqui um serviço que opera pelos vistos só com um avião, o que nos leva ate já a duvidar que sejam só problemas técnicos que estejam por detrás disto.” lamenta Rui Vaz.

 O presidente do Nerba não tem dúvidas que o facto de a região estar uma semana sem ligações aéreas pode ser prejudicial para o tecido económico transmontano. “Prejudica muito, é um serviço que pela taxa de ocupação nós vemos que tem uma utilização significativa”. Para Rui Vaz é um serviço a que já se habituaram a ter disponível e acrescenta que, “é muito mau programar idas a Lisboa e na hora vermo-nos privados de um serviço, e ainda por cima não há avisos prévios para esta situação, o que é de facto muito mau”. Perante esta irregularidade do serviço, Rui Vaz considera que esta situação não pode voltar a acontecer e sugere que seja o Estado a assegurar a carreira aérea regional Bragança/Vila Real/Lisboa. “Resta-nos esperar que as coisas normalizem, porque efectivamente isto não pode continuar, porque se a empresa começa a manifestar a impossibilidade de operar nesta da linha eu acho que é altura do Estado assegurar esta ligação, que seja outra empresa”, sugere o representante do Nerba. “Bragança precisa deste serviço, enquanto a A4 não chega pelo menos que este serviço nos seja garantido com regularidade e com qualidade”, sublinha Rui Vaz.   O governo civil de Bragança tem procurado garantir a operacionalidade da linha junto da tutela, criando condições à empresa para continuar a operar. No entanto, as alegadas dificuldades financeiras da Aerocondor parecem não estar permitir efectuar a ligação com regularidade dos voos.