Seg, 06/06/2011 - 00:29
Na hora da vitória, o candidato, agora eleito deputado pelo distrito de Bragança, diz que não vai ser nenhum comissário do Governo na Assembleia da República.“Não seremos representantes para o Governo no distrito de Bragança mas representantes do distrito na AR, defendendo o combate honesto à desertificação e ao isolamento, e pelo progresso, que não pode ser feito só com base em obras públicas e numa política rodoviária mas com as pessoas do distrito”.No calor da celebração, Francisco Viegas traçou já objectivos para as próximas eleições, as autárquicas, que decorrem apenas dentro de dois anos.
“A partir deste momento, o PSD está determinado para conquistar as autarquias que faltam ao nosso mapa eleitoral”, frisou.
Quanto ao PS, Mota Andrade assume a derrota mas admite que esperava um resultado melhor para o partido.“O PS perde praticamente em todos os distritos. É uma derrota que o PS assume, o povo falou e nós aceitamos perfeitamente” afirma, admitindo que “não estava a contar com esta percentagem e as sondagens também não diziam nada disso”.Mas deixa um aviso ao novo Governo.
“Espero que o próximo Governa tenha para o distrito de Bragança os mesmo olhos e o mesmo tratamento que o PS teve ao longo destes anos. Isso seria continuar a fazer justiça aos transmontanos” afirma.
Nuno Sousa do CDS/PP manifesta-se satisfeito com o resultado, apesar de não ter atingido o objectivo.
“Está mais ou menos dentro da média nacional e tendo em conta que os distritos do interior são maiormente PSD ou PS conseguimos manter um resultado aceit5avel apesar de não podermos eleger um deputado que era a nossa luta nesta campanha” refere.
Manuela Cunha, a cabeça de lista da CDU, diz que este é um distrito particularmente difícil para a coligação entre comunistas e verdes.
“Sabemos que é um distrito difícil e com pouca massa trabalhadora, activa, e por isso tem mesmo expressão na votação de uma forma que encontra a sua maior expressão na força activa do trabalho” considera.
Já Liliana Fernandes, a candidata do Bloco de Esquerda, atribuiu à abstenção e diminuição no número de votos neste partido.
“Fazendo uma comparação de resultados com as últimas legislativas chegamos à concussão que a abstenção prejudicou em muito os nossos resultados, além de se terem perdido cerca de oito mil votantes” refere, acrescentando que “foi uma questão de tendência nacional. As pessoas estão cansadas e havia claramente uma tendência de viragem à direita”.
De referir ainda que nestas eleições havia mais oito partidos a concorrer pelo distrito de Bragança e que todos juntos arrecadaram 2,59% da votação com 1956 boletins.
Escrito por Brigantia