Venda de armadilhas para aves selvagens passa a ser proibida

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Sex, 11/06/2021 - 09:50


A Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural, com sede no concelho de Vimioso, tem implementado um projecto de combate ao uso de venenos e armadilhas, o Sentinelas.

Assim, Miguel Nóvoa, vice-presidente da associação, aplaude esta alteração à lei, que vai ajudar à diminuição do número de animais mortos na região.

“Neste momento todas as espécies de aves e de mamíferos encontram-se em sério risco de extinção, daí que é preciso consciencializar que este uso ilegal de armadilhas é um grande perigo. Esta revisão da lei veio chamar atenção deste aspecto e proibir a comercialização”, referiu.

Está assim proibida a venda de artefactos como o visgo, as redes, os mecanismos de mola e os laços. O projecto Sentinelas tem contribuído, desde há dois anos, para que esta prática, assim como o uso de venenos, seja mais fiscalizada.

“Este tipo de práticas é muito silenciosa, é feita às escondidas e é muito difícil de descobrir os animais. O projecto Sentinelas, através do uso de um conjunto de animais, como os grifos ou as raposas, vão nos ajudar a descobrir algumas situações em que esta prática acontece”.

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves foi uma das entidades que mais participação teve neste processo de alteração à lei, sendo que o trabalho começou há cerca de sete anos, quando se começou a investigar os dados sobre o impacto da utilização das armadilhas na captura ilegal de aves selvagens.

Escrito por Brigantia

Foto: Público 

Jornalista: 
Carina Alves