Urgência de Mirandela ainda pode sofrer alterações

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Ter, 19/10/2010 - 09:26


A urgência médico-cirúrgica de Mirandela não é um assunto fechado e pode vir a sofrer alterações. O Secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, admite que os custos vão ser analisados e depois será tomada uma decisão.  

“A existência de apoio cirúrgico na urgência não é igual à possibilidade técnica de fazer cirurgia. Temos de avaliar criteriosamente as várias componentes da questão e uma coisa que não pode estar desligada de tudo isto é a componente da análise dos custos” afirma. “É necessário avaliar se os serviços que existem têm adequada sustentação técnica e se o seu funcionamento pode ser optimizado. É assim que se combate o desperdício” acrescenta.

Declarações feitas ontem em Macedo de Cavaleiros.

 

Quanto ao presidente do conselho de administração do CHNE ainda não conseguiu explicar o que levou a alterar a decisão de manter o médico à chamada apenas numa semana.

Mas admite a existência de um parecer da Ordem dos Médicos que diz claramente que a situação que vem existindo na urgência médico-cirúrgica de Mirandela desde a sua criação, em 2007, com um médico de prevenção a dar apoio e outro em presença física põe em causa a segurança dos doentes.

“Há um parecer que foi pedido pelo director de cirurgia. Teremos de falar com ele e ver a melhor forma. Em saúde não há o preto nem o branco “ afirma. “Sobre isto não falo mais” acrescenta, salientando que nesta “não houve recuo nenhum”.

 

Apesar de tudo, Henrique Capelas adianta ainda que antes de a urgência de Mirandela regressar à forma inicial terá de haver outra reorganização dos horários do pessoal.

“Há escalas que estão programadas e temos de fazer uma adaptação do serviço em conformidade com o que for decidido” refere.

 

E mais não disse o presidente do conselho de administração do CHNE que no final da semana passada mudou de ideias quanto às possibilidades de haver um cirurgião de prevenção na urgência de Mirandela entre as 14 e as 24 horas.

Escrito por Brigantia