Tribunal entregou sede ao Sport Clube de Mirandela

PUB.

Qui, 10/03/2011 - 10:54


A sede do Sport Clube Mirandela já foi entregue à direcção do clube. O Tribunal de Mirandela obrigou o arrendatário daquele imóvel, nos últimos dez anos, a entregar as chaves à direcção do Sport Clube Mirandela, depois de, há dois meses, o presidente da direcção ter recusado receber as chaves alegando que o inquilino lhe terá proposto assinar um documento em como o imóvel estava em condições, quando Virgílio Gomes considera que a sede está num estado lastimável.  

O caso foi para tribunal, que ontem já deliberou a entrega do imóvel à direcção.

“A sede sempre foi uma referência do clube e da cidade em si, a nível de arquitectura também. Estava a ser explorado por um empresário local. Respeitámos o contrato mas tivemos de tomar posse do imóvel em termos jurídicos. E não podíamos aceitar a sede contra a assinatura de um documento dizendo que estava conforme lhes foi entregue na altura porque está nu estado lastimável”, sustenta.

 

O presidente da direcção do clube revela que o empresário pretendia uma contrapartida de 80 mil euros para deixar ficar no imóvel o recheio que foi sendo adquirido ao longo dos últimos anos. Proposta que foi recusada pela direcção.

 

Agora, estão a lançar um repto aos mirandelenses para que no próximo sábado à tarde visitem a sede para constatar o estado em que se encontra.

 

“Se possível, e todos os que terão interesse nisso, abrimos as portas da sede a quem quiser ver o estado em que está, a partir das 14h30”.

 

Virgílio Gomes considera que a sede pode vir a ser uma fonte de receita importante para o clube, mas vai dar a palavra aos associados para decidirem o futuro a dar ao imóvel.

“Até 15 de Abril vamos fazer uma assembleia geral. Estávamos à espera de recuperar a sede para a marcar. Neste momento não temos água nem luz mas estamos a tentar remediar o problema. Todas as soluções são bem vindas e penso que poderá ser, no futuro, uma grande fonte de receita do clube”, conclui.

 

Apesar da sede ter sido entregue à direcção do clube, continua em tribunal a questão ligada às taças do clube, que o arrendatário ainda não entregou alegando que as adquiriu em venda judicial, no ano 2000 pelo valor de 1450 contos.

 

No entanto, o então presidente do clube já revelou que as taças são do património do clube, porque foi a contrapartida para o empresário não pagar a renda nos primeiros dez meses do contrato. O caso segue no tribunal.

Escrito por CIR